Olimpíada Rio 2016, Brasil


Hoje, às 20 horas, no estádio do Maracanã, teremos a cerimônia de abertura da primeira Olimpíada disputada na América do Sul, que entrará para a história do esporte mundial como a Rio 2016. Embora as muitas críticas, pertinentes até, a verdade é que o Brasil adquiriu, com a realização deste megaevento, uma visibilidade internacional inédita.

O mesmo ocorreu com a Copa do Mundo de 2014 que, embora alvo de contrariedades internas, motivadas em muito pelo acirramento político nacional, foi bem sucedida do ponto de vista da nossa imagem internacional. E, ao contrário do entendimento de que tenha sido um gasto desnecessário e inoportuno para um país com muitas mazelas sociais, o fato é que ela foi, assim como a Olimpíada, uma conquista brasileira do período de pujança econômica pouco anterior a crise que ora grassa. Ademais, o problema do Brasil não é o gasto com megaeventos ocasionais como esse, mas sim nossa grave concentração de renda, que faz com que a riqueza de uma das maiores economias mundiais fique nas mãos de pequena parte da população.

Uma grande diferença que a Rio 2016 terá em relação à Copa 2014 é a abrangência: enquanto a Copa aconteceu em várias capitais brasileiras, possibilitando uma grande participação direta e indireta do povo e o correspondente contato com os turistas de outros países, a Olimpíada acontece apenas numa cidade, o que fará com que, num país de dimensões continentais como o nosso, a maior parte dos brasileiros tenham uma interação com a Rio 2016 igual a com qualquer outra Olimpíada: pela TV.

######



DANCING QUEEN HÁ 40 ANOS

Amanhã fará 40 anos que a canção Dancing Queen, do ABBA, foi lançada em formato single na Inglaterra, sendo o maior hit da carreira do grupo pop sueco. Faz par com outras canções de língua inglesa (o ABBA cantava nesse idioma) que igualmente marcaram o decênio de 1970 e “sobrevivem” até nossos dias: Stairway to Heaven (1971), do Led Zeppelin; Hotel Califórnia, do Eagles (1976); e Another Brick in the Wall (1979), do Pink Floyd.

Na cena estritamente pop, o ABBA talvez tenha sido o grande nome daquela década, ao lado dos Bee Gees. Era formado pelos casais Agnetha Fältskog/Björn Ulvaeus e Anni-Frid Lyngstad/Benny Andersson. Björn, guitarra, e Benny, piano e teclados, eram os compositores (junto com o empresário do grupo, Stig Anderson), enquanto “Frida” e Agnetha faziam as características harmonias vocais em dueto que eram a grande marca registrada do ABBA.

Os primórdios do que viria a ser o ABBA aconteceu em junho de 1966, há 50 anos, quando Benny e Björn, que tocavam em duas bandas de sucesso na Suécia (respectivamente Hep Stars e Hootenanny Singers), conheceram-se numa festa e, dias depois, encontraram-se na casa dos pais de Björn a fim de compor algo juntos.

Incluída ainda em 1976 no LP Arrival, Dancing Queen inicialmente foi chamada de “Boogaloo” por Benny e Björn, quando do início de sua produção em estúdio, no final de 1975, inspirados no LP Rock Your Baby, de George McCrea. Dancing Queen, o single, ficou em primeiro lugar nas paradas de treze países, incluindo USA e Inglaterra. Também aqui no Brasil é uma das canções mais conhecidas do grupo, junto com SOS, Fernando, Chiquitita, I Have A Dream, Take A Chance On Me, Super Trouper e The Winner Takes It All.

Em março de 2008, Dancing Queen foi eleita em votação popular a canção mais gay da história, em concurso realizado por um site australiano em comemoração ao aniversário de 30 anos da Parada Gay de Sidney. A canção ainda é presença certa na programação de emissoras de rádio da linha retrô, como a Continental FM, de Porto Alegre. Uma rainha dançante há 40 anos pelas pistas e ondas sonoras da música pop. Não é pouca coisa, principalmente para um quarteto vindo lá da distante Suécia.


Texto publicado no jornal Portal de Notícias, versões online e impressa: http://www.portaldenotícias.com.br