Por que investimentos massivos na educação não irão, sozinhos, tirar o Brasil do subdesenvolvimento??

Existem muitos fatores que contribuem para o desenvolvimento de um país: disponibilidade de recursos naturais, localização geográfica privilegiada, tamanho da população e do território, clima, relevo, história... Mas um dos fatores mais importantes e, infelizmente, também um dos mais polemizados, é o fator humano, que é a ''qualidade'' de sua população. Pois um país como o Japão, por exemplo, jamais teria conseguido se tornar uma das maiores potências do mundo se sua população também não fosse mais naturalmente disciplinada, ordeira e tecnicamente inteligente. O mesmo pode ser dito, mas em um sentido menos agradável, sobre países como o Brasil, porque, além dos fatores histórico e político responsáveis pelo seu subdesenvolvimento, sua população, em média, menos inteligente, disciplinada e ordeira que as populações da maioria dos países desenvolvidos, incluindo o Japão, também contribui para mantê-lo nesta situação. Por isso que, não basta apenas investir massivamente na educação, esperando que, as próximas gerações de brasileiros, incluindo os de sua "adorada" elite, se tornarão mais inteligentes e honestas, e, então, elevarão o país a um nível de "primeiro mundo", se é improvável que, por essa via, lhes ocorrerá uma grande melhoria em sua qualidade coletiva. Mas isso não significa que o Brasil não deva investir na educação: capacitando professores, construindo novas escolas e reformando as existentes, valorizando a profissão para torná-la mais atraente no mercado de trabalho, reformando o sistema de ensino... porque por mais que o Brasil não tenha o mesmo potencial humano que dos países mais ricos, é importante capacitar e organizar nossa mão de obra o máximo possível, de fazer o melhor com o que temos. E também é fundamental que a sociedade passe por transformações positivas, no caso do Brasil, que seu tortuoso processo de tentar se tornar uma social-democracia seja aprofundado e consolidado, se este é o melhor modelo socioeconômico já inventado pelo ser humano, até hoje, o único que pode desenvolver um país enfatizando o lado social e não apenas o econômico.

Mas para que alcance esse objetivo, o estado brasileiro deve se tornar menos burocrático e menos corrupto, criando mecanismos que identifiquem e excluam sujeitos mal intencionados de poderem exercer cargos, ainda mais os de maior importância, isto é, de combater a corrupção desde a sua raiz.

Ou, pelo menos, de puni-los de maneira exemplar, mas sempre penso que é muito melhor prevenir do que (tentar) remediar.

Potencial humano ameaçado??

No Brasil, não bastasse sua população não ser das mais naturalmente inteligentes, também vivencia, talvez a mais de duas décadas, um padrão disgênico em que, indivíduos com maior escolaridade, em média, mais inteligentes, têm tido menos filhos se comparados com aqueles que têm apenas ensino fundamental e que, a médio e longo prazo, é provável de resultar numa diminuição do seu "capital humano", sobrecarregando o estado com indivíduos menos capazes e aumentando a escassez dos que apresentam um maior potencial de qualificação técnica e contribuição social, sem falar da emigração de muitos deles para o estrangeiro, fugindo da criminalidade, da corrupção e da falta de investimento ou apoio à educação e, portanto, à ciência, áreas de atuação de boa parcela da "elite cognitiva". Por isso é necessário estancar essa sangria oferecendo muitas vantagens para que permaneçam no país, não apenas no sentido profissional, mas também socioeconômico, até para que, os que queiram constituir família por meios naturais tenham total possibilidade de fazê-lo. Já quanto aos "menos inteligentes', geralmente de classe trabalhadora, há de se incentivá-los à prática do planejamento familiar, e perceba que não estou sugerindo que sejam completamente impossibilitados de terem filhos, mas que busquem ter um número razoável, preferencialmente de um a dois, valendo até oferecer-lhes vantagens financeiras para atender esse objetivo, desde o pagamento gratuito da esterilização até ao oferecimento de uma casa própria.

Enfim, garantir uma boa qualidade de vida para todas as classes sociais, mas buscando por um equilíbrio favorável nas camadas cognitivas.

Claro que também seria muito interessante se, indivíduos com personalidade anti social fossem identificados cedo e, dependendo da intensidade de sua desordem, no mínimo, terem suas liberdades individuais cerceadas, incluindo a de constituir família.

Sim!!!

Isso é uma forma de eugenia, mas um tipo mais ponderado, moderado...

Não!!!

Não tem outro jeito para o Brasil (e não apenas para nós).

Este, por incrível que possa parecer, é o jeito mais realisticamente "humanitário" para, de fato, começarmos a lidar com os problemas crônicos de um país como o nosso.

Uma alternativa menos explicitamente eugênica seria pela atração de um grande número de estrangeiros altamente capacitados.

Isso que eu não estou me aprofundando sobre os problemas do sistema tradicional de ensino, dominante por aqui, e a necessidade de que seus métodos seletivos e avaliativos, sejam reformados, que eu já comentei em outros textos, de um modelo centralizado na avaliação comparativa e superficial de estudantes para um modelo mais personalizado, que os avalie individual e profundamente, enfatizando no que eles conseguem ou têm aprendido e não em suas dificuldades, enfim, aceitando que os seres humanos são psicológica e cognitivamente diversos, passando a lidar com essa realidade da melhor maneira possível, se organizando para tornar essa diversidade uma força.

Mais um Thiago
Enviado por Mais um Thiago em 25/05/2022
Reeditado em 10/09/2022
Código do texto: T7523608
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