Sanções expiatórias e por reciprocidade.

O adulto frente ao conflito pensa que pode resolver tudo e pelo outro, principalmente quando esse outro é frágil tanto pela idade quando na sua forma de ser.  Assim, aquele que toma para si o problema não propõe discussão, sai orientando, explicando, sugerindo e, ao final impõe o que acredita ser o mais certo para aquele momento.


O contrário disso é a resolução do conflito, pressupondo a participação com diretriz fundamental para a progressão do processo de desenvolvimento moral.
Exemplos que elucidam na prática o que se propõe aqui sempre contribuem para clarificar os movimentos mais indicados para a resolução de problemas.
Primeira dica: quem resolve o problema é quem tem o problema.Segunda: antes de agir, acalme-se e acalme a criança ou mesmo aqueles que são maiores, mas que estão sob a sua responsabilidade. Terceira: aprende-se pensando e não ouvindo, portanto, fale, mas também escute. 
Nesse sentido, apresento aqui outro exemplo, retratando o cotidiano de uma família que vive o conflito do: não quero tomar banho.
A mãe cansada por ter trabalhado o dia todo, corre atrás do filho para enfiá-lo embaixo do chuveiro, porém, ele não lhe dá trégua, até que ela não resiste, grita, xinga e o ameaça, porém, nada resolve. Ela nervosa, chora. Já o filho, tranca-se no quarto, liga a TV e, silencia.
Depois de uma hora o pai do menino chega. Ao entrar sente o clima pesado. A esposa chorando, descabelada e suando conta o que aconteceu. Ele, inflamado pela situação que acabou de ouvir dirige-se ao quarto do filho e diz:
- Se você não sair daí agora, arrebento a porta e aos pontapés te coloco no chuveiro na marra. 
Um pouco de silêncio e a porta começa a se abrir. A criança passa rapidinho ao lado do pai, mas ainda toma um tapa e corre para tomar banho.
Ufa! ninguém, merece essa situação.
Gritar, xingar, ameaçar, chantegear nada adianta e um ambiente assim, pouco contribui para o desenvolvimento moral das crianças.
O mais indicado é acalmar-se, acalmar a criança e sentar para conversar, repito, conversar e não iniciar um discurso, às vezes já bem conhecido para você e para o outro..
Porpõe-se o diálogo que busca estabelecer entre as partes a negociação onde o propósito é a construção de um combinado, o que pressupõe - deve ser bom para os dois lados.
Assim, nessa relação direta com a criança ou o adolescente ser firme e suave é condição necessária. Para começar, explcite o poblema, pergunte as consequências caso ele não seja solucionado, busque junto com a criança sugestões para resolver o problema, negociando o que é possível, por exemplo o horário do banho, já que o procedimento de higiene não pode ser excluído do dia a dia de nnguém.


Yvone Restom
11/11/2015
Yvone Restom
Enviado por Yvone Restom em 11/11/2015
Reeditado em 11/11/2015
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