A violência invade as escolas de Alagoas
imagem da web
“O que, de imediato, é preciso ser feito para que as autoridades responsáveis pela segurança dessa cidade, desse estado, atuem na proteção de todos nós que estamos na escola? Será que é preciso que um de nós morra? Será que é preciso que um ou mais de um dos nossos alunos morram?”
Na pergunta em tom de desespero de um professor, a indignação, a denúncia e a reflexão do problema da violência que entrou porta adentro das nossas escolas. Os relatos são assustadores, dramáticos. Roubos constantes, depredação do patrimônio, invasão de gangues, aumento da violência simbólica da intimidação, o tráfico se valendo das crianças e adolescentes para “aviões”, aumento de ameaças à integridade física de alunos e professores, mortes que engrossam as estatísticas.
Dias atrás se noticiou dez mil alunos sem aulas nas Alagoas, agora a notícia é de que uma escola fechou e, pelo andar da carruagem, outras tantas fecharão. Escolas não são ilhas e, por serem, em sua maioria, instaladas em periferias desassistidas dos serviços públicos, em especial, de saúde, moradia, cultura, lazer e segurança, seria algo inusitado não serem afetadas pela realidade de violência do entorno. Neste contexto, o estado do medo cresce feito erva daninha.
As ameaças, veladas ou explicitas estão no cotidiano das nossas salas de aula e o problema não pode ser só da escola. Profissionais e alunos apavorados, rezando para voltar para casa vivos. Quem consegue ensinar ou aprender num lugar assim ? Quem não adoece num lugar desses?Será que todos os anos vamos repetir aqui o provérbio “Tudo como antes no quartel de Abrantes!”
A violência cotidiana da beligerância no recreio, entre as crianças e jovens, nos preocupa, e o tratamento, nesse caso, é pedagógico, porém a violência que invade a escola porque seu entorno tem problemas sociais graves, a violência gerada pela falta de segurança aos moradores das comunidades, essa violência a escola não sabe lidar e, certamente, nenhuma quer aprender.
É preciso entender que se as políticas públicas que garantem direitos fundamentais, educação, saúde, moradia, cultura, lazer e segurança falham, a necessidade do aparato repressivo aumenta. Entendo que a população clame por mais policiais na rua, mais efetivo do batalhão escolar nas rondas, não para PREVENIR, mas para REPRIMIR, porque o caos já se instalou.
Tenho convicção que o contraponto, que a opção para lidar com esse problema que nos amedronta e desafia é o investimento numa educação cidadã para crianças,jovens e adultos que convivem diuturnamente, não por opção, com a violência em suas comunidades. Ao mesmo tempo, a luta pela garantia dos direitos sociais conquistados em lei, a luta por políticas públicas que garantam os direitos fundamentais à vida humana neste planeta deve ser bandeira de luta de toda a população que acredita que outro mundo é possível.
O raiar da liberdade e da paz no mundo começa na disposição de cada um e cada uma em construí-las dentro de si e na disposição solidária de se juntar a outros nessa construção. Façamos a nossa parte porque juntos, no diálogo, na alegria do convívio, a construção dessa liberdade e dessa paz não será discurso vazio, utopia.
Junto minha voz a voz de tantos e tantas que pedem atuação do governo,agora para coibir, e depois, cuidar, prevenir, para que outras escolas não vivam o mesmo drama.Vejam nesse vídeo mais uma notícia que nos entristece.
http://www.youtube.com/watch?v=ww_FesWcH6o&feature=player_embedded
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“O que, de imediato, é preciso ser feito para que as autoridades responsáveis pela segurança dessa cidade, desse estado, atuem na proteção de todos nós que estamos na escola? Será que é preciso que um de nós morra? Será que é preciso que um ou mais de um dos nossos alunos morram?”
Na pergunta em tom de desespero de um professor, a indignação, a denúncia e a reflexão do problema da violência que entrou porta adentro das nossas escolas. Os relatos são assustadores, dramáticos. Roubos constantes, depredação do patrimônio, invasão de gangues, aumento da violência simbólica da intimidação, o tráfico se valendo das crianças e adolescentes para “aviões”, aumento de ameaças à integridade física de alunos e professores, mortes que engrossam as estatísticas.
Dias atrás se noticiou dez mil alunos sem aulas nas Alagoas, agora a notícia é de que uma escola fechou e, pelo andar da carruagem, outras tantas fecharão. Escolas não são ilhas e, por serem, em sua maioria, instaladas em periferias desassistidas dos serviços públicos, em especial, de saúde, moradia, cultura, lazer e segurança, seria algo inusitado não serem afetadas pela realidade de violência do entorno. Neste contexto, o estado do medo cresce feito erva daninha.
As ameaças, veladas ou explicitas estão no cotidiano das nossas salas de aula e o problema não pode ser só da escola. Profissionais e alunos apavorados, rezando para voltar para casa vivos. Quem consegue ensinar ou aprender num lugar assim ? Quem não adoece num lugar desses?Será que todos os anos vamos repetir aqui o provérbio “Tudo como antes no quartel de Abrantes!”
A violência cotidiana da beligerância no recreio, entre as crianças e jovens, nos preocupa, e o tratamento, nesse caso, é pedagógico, porém a violência que invade a escola porque seu entorno tem problemas sociais graves, a violência gerada pela falta de segurança aos moradores das comunidades, essa violência a escola não sabe lidar e, certamente, nenhuma quer aprender.
É preciso entender que se as políticas públicas que garantem direitos fundamentais, educação, saúde, moradia, cultura, lazer e segurança falham, a necessidade do aparato repressivo aumenta. Entendo que a população clame por mais policiais na rua, mais efetivo do batalhão escolar nas rondas, não para PREVENIR, mas para REPRIMIR, porque o caos já se instalou.
Tenho convicção que o contraponto, que a opção para lidar com esse problema que nos amedronta e desafia é o investimento numa educação cidadã para crianças,jovens e adultos que convivem diuturnamente, não por opção, com a violência em suas comunidades. Ao mesmo tempo, a luta pela garantia dos direitos sociais conquistados em lei, a luta por políticas públicas que garantam os direitos fundamentais à vida humana neste planeta deve ser bandeira de luta de toda a população que acredita que outro mundo é possível.
O raiar da liberdade e da paz no mundo começa na disposição de cada um e cada uma em construí-las dentro de si e na disposição solidária de se juntar a outros nessa construção. Façamos a nossa parte porque juntos, no diálogo, na alegria do convívio, a construção dessa liberdade e dessa paz não será discurso vazio, utopia.
Junto minha voz a voz de tantos e tantas que pedem atuação do governo,agora para coibir, e depois, cuidar, prevenir, para que outras escolas não vivam o mesmo drama.Vejam nesse vídeo mais uma notícia que nos entristece.
http://www.youtube.com/watch?v=ww_FesWcH6o&feature=player_embedded