A Inteligência Espacial de Howard Gardner aplicada à Educação à Distância

VALTÍVIO VIEIRA

Formação do Autor: Curso Superior em Gestão Pública, pela FATEC – Curitiba – PR; Licenciado em Filosofia, pelo Centro Universitário Claretiano – Curitiba – PR, Licenciado em Ciências Sociais, pela UCB – Universidade Castelo Branco – Rio de Janeiro – RJ, Pós-Graduado em Ciências Humanas e suas Tecnologias; Contabilidade Pública e Responsabilidade Fiscal; Formação de Docentes e Orientadores Acadêmicos em Educação à Distância, e Pós-Graduando em Metodologia do Ensino Religioso, ambos pela FACINTER – Curitiba – PR.

SÃO BENTO DO SUL - SC

2012

A Inteligência Espacial de Howard Gardner aplicada à Educação à Distância

A Inteligência Espacial é a competência de relacionar padrões, perceber similaridades nas formas espaciais, relacioná-las e poder visualizá-las no espaço tridimensional. Ela não depende da visão, já que crianças cegas também podem, pelo tato, desenvolver habilidades espaciais. Está presente em arquitetos, pilotos de corrida, navegadores e jogadores de xadrez.

A pessoa que tem esta inteligência: gosta de geometria, construir maquetes, facilidade para indicar trajetos, ler mapas, gráficos e plantas, criar imagens; movimenta-se com facilidade entre objetos, é a habilidade para manipular formas ou objetos mentalmente e, a partir das percepções iniciais, criar numa representação visual ou espacial. Capacidade de perceber o mundo espacial e visual de forma precisa. Arquitetos e cenógrafos seriam exemplos desta inteligência.

O tutor presencial tem a disponibilidade de trabalhar de forma tridimensional, com trabalhos artísticos, tudo o que for planejado deve ir para o papel, trabalhar com desenhos industriais, trabalhar com geometria, realização de maquetes, mapas, gráficos e tabelas.

Howard Gardner, ao descrever inteligência espacial destaca:

Inteligência Espacial: A solução de problemas espaciais é necessária na navegação e no uso do sistema notacional de mapas. Outros tipos de solução de problemas espaciais são convocados quando visualizamos um objeto de um ângulo diferente, e no jogo de xadrez. As artes visuais também utilizam esta inteligência no uso do espaço. As evidencias da pesquisa do cérebro são claras e persuasivas. Assim como o hemisfério esquerdo, durante o curso da evolução foi escolhido como o local do processamento lingüístico nas pessoas destras, o hemisfério direito é comprovadamente o local mais crucial do processamento espacial. Um dano nas regiões posteriores direitas provoca prejuízo na capacidade de encontrar o próprio caminho em torno de um lugar, de reconhecer rostos ou cenas, ou de observar detalhes pequenos. Os pacientes com danos específicos nas regiões do hemisfério direito tentarão compensar suas falhas espaciais com estratégias lingüísticas. Eles tentarão raciocinar em voz alta, pôr em dúvida a tarefa ou inclusive inventar respostas. Mas essas estratégias não-espaciais raramente são bem-sucedidas. As populações cegas ilustram a distinção entre a inteligência espacial e a percepção visual. Uma pessoa cega pode reconhecer formas através de um método indireto: passar a mão ao longo do objeto traduz a duração do movimento, que por sua vez é traduzida no formato do objeto. Para a pessoa cega, o sistema perceptivo da modalidade tátil equivale à modalidade visual na pessoa que enxerga. A analogia entre o raciocínio espacial do cego e o raciocínio lingüístico do surdo é notável. Existem poucas crianças-prodígio entre os artistas visuais, mas há sábios idiotas como Nadia (Selfe, 1977). Apesar de uma condição de severo autismo essa criança, em idade pré-escolar, desenhava com impressionante exatidão e destreza representacional. (GARDNER, 1995, p.26)

REFERÊNCIA

CORTELAZZO, I. B. de C. Fundamentos da educação à distância. Curitiba: Ibpex, 2007.

GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas: A teoria na prática. Trad. Maria Adriana Veríssimo Veronese. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

MAIA, Carmem. Guia Brasileiro de Educação a Distância. São Paulo: Esfera, 2002.

NISKIER, Arnaldo. Educação a Distância: A Tecnologia da Esperança. São Paulo: Loyola, 1999.

SÁ, Iranita M. A. Educação a Distância: Processo Contínuo de Inclusão Social. Fortaleza: C.E.C., 1998.

Valtivio Vieira
Enviado por Valtivio Vieira em 01/06/2012
Código do texto: T3699922
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