O livro é fundamental para a educação
Supor o fim do livro tradicional na sociedade sem democracia política e cultural encoraja o analfabetismo, a derrota ou elitização do Conhecimento. A inclusão digital é intencionalmente demorada, causa arrepios nos políticos e intelectuais por causa de eventual desobediência popular. Não ignoremos que a internet, posta na modernidade, é instrumento de divagação e alienação. Entrete mas, não educa, desumaniza, dessocializa longe de generalizar-se como meio de edificação humana. Seus apelativos de atração, nas abas de telas de computadores, objetivam desviar o navegante do estudo sistemático, dos registros reflexivos. Para se tornar parte do processo cidadania e cultura universal, precedida de amadurecimento humano, a educação virtual não dispensará o livro em atual formato, único modo eficaz de exercitar e proporcionar conhecimento. Os estudantes, nas séries iniciais e a escola estão enfermos sob a tutela de um Estado e de professores que dispensam leitura e pesquisa manual. Isso resulta num povo incapaz de alçar vôos nas ciências, portar-se com autonomia, ator de seu destino, comprometido com o coletivo. A dispensa do livro manual, a confiança na internet distanciará os indivíduos das elementares formas de constuir sábios. Os que se dedicam e se aplicam no pensar outra nação brasileira, qualificada, competente e competitiva, empreenderão esforços para que o livro impresso não seja substituído. O nosso futuro está nas bibliotecas, nas livrarias e sebos. Não há outro.