Mudanças no Cenário da Educação Brasileira.

Há alguns anos, nota-se que a educação brasileira está passando por grandes mudanças, nos mais diferentes setores. Dentre eles, destacam-se, aqui, três: a educação e o impacto social, métodos de avaliação externa e linhas pedagógicas.

Na primeira questão, educação e o impacto social, vale abordar o quão importante é o ensino diante ao desenvolvimento profissional, ou seja, como que os estudos interferem na vida profissional.

Para construir uma carreira é necessário que, pelo menos, o indivíduo procure concluir a Educação Básica (Ensinos Fundamental e Médio). O mercado de trabalho exige que seu empregado tenha um certo nível educacional, até mesmo para um futuro plano de carreira, num curso superior ou profissionalizante, por exemplo.

Por falar em Ensino Superior, eis uma importante questão, pois, tal núcleo era muito elitizado, para poucos. Hoje, com o PROUNI, FIES, o número de ingressantes nas escolas de ensino superior tem aumentado, fato que não se via antes.

Quem não consegue terminar os estudos, normalmente, tem muito mais dificuldade em conseguir uma melhor posição social, um emprego promissor, um cargo de chefia. Muitos acabam partindo para o trabalho informal, sem carteira assinada, partindo para um caminho talvez incerto.

Falando um pouco, agora, sobre os métodos de avaliação, por volta do começo dos anos 90, começou-se a implantar uma avaliação da educação. O SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica) foi um ponta-pé inicial, que usava os dados quantitativos obtidos pelo resultado da prova para mostrar a evolução educacional.

Hoje, conta-se ainda com a Prova Brasil, que avalia o desempenho em Língua Portuguesa e Matemática em cada centro escolar, e o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) que vistoria o andar das políticas públicas juntamente com o desempenho do alunado em outros exames, como os já citados.

Com relação às linhas pedagógicas, que são várias, as que mais se destacam no cenário da educação são: tradicionalista, construtivista, montessoriana e freiriana.

Entende-se por tradicionalista o ensino que foca o professor como centro, ou seja, é o professor o detentor do conhecimento, ele transmite o conhecimento num método sistematizado, em que o aluno absorve o que lhe é passado e ao final faz os exercícios e provas.

Já no método construtivista, o estudante constrói o conhecimento por meio da formulação de hipóteses, resolvendo problemas. O objetivo do construtivismo é que o aluno adquira autonomia, saiba caminhar com as próprias pernas. A relação entre professor e aluno aqui é de troca de valores.

A linha montessoriana, da educadora Montessori, une o conhecimento prévio do aluno, as experiências concretas, com a assimilação de novos conceitos, proporcionando uma evolução contínua e eficaz.

O conceito freiriano volta-se à alfabetização, os aspectos culturais, sociais e humanos do aluno, que é de suma importância levar em conta. Esta postura implica em ouvir o aluno para ajudá-lo a construir confiança, auxiliando-o a como entender o mundo por meio do conhecimento.

No Brasil, a metodologia mais comum é a tradicional, uma herança desde a chegada dos Jesuítas até a elitização da classe burguesa, onde poucos tinham acesso à escola. Exemplo que ilustra bem essa situação é a exclusão de negros e emigrantes por um bom tempo no cenário educacional, que foi adquirindo espaço muito tempo depois.

Outro fator importante que não se pode deixar de ressaltar é o avanço das Novas Tecnologias e as Tecnologias da Informação, que interferem em todas as mudanças, seja educacional ou não. Uma interferência que, usada com o conhecimento certo, melhora e muito a evolução da educação.

Para concluir, salienta-se que houve muita mudança no cenário brasileiro, mesmo que estatisticamente essa mudança reflita em números menores que de outros países. No entanto, antes mudar que continuar estagnado e centrado em ideias que não levarão a nada, como era antes.

O Brasil cresce a pequenos passos, mas já se vê indícios de qualidade escolar e maior preocupação com docentes e discentes, amparados nas ideias da motivação, da gestão de pessoas, conhecimento e competências.

Bibliografia Consultada

COELHO, Maria Inês de Matos. Vinte Anos de Avaliação da Educação Básica no Brasil: aprendizagem e desafios. 2007. Disponível em: www.scielo.br/pdf/ensaio/v16n59/v16n59a05.pdf. Acessado em: 17/08/2011;

ÉPOCA, Revista. O Ponto Fraco da Escola Forte. Editora Globo: 2011. São Paulo;

FILHO, Naercio Aquino Menezes. A Evolução da Educação no Brasil e Seu Impacto no Mercado de Trabalho. 2011. Disponível em: http://www.anj.org.br/pje/biblioteca/publicacoes/A%20Evolucao%20da%20educacao%20no%20Brasil%20e%20seu%20impacto%20no%20Mercado%20de%20trabalho.pdf. Acessado em: 18/08/2011;

MERCADO, Luís Paulo Leopoldo. Novas Tecnologias na Educação: novos cenários de aprendizagem e formação de professores.

SATEDUC, Instituto. Mudar a Educação para Mudar o Mundo. Simpósio 2007.

http://eduquenet.net/teoriasped.htm

http://educacao.uol.com.br/escolha-escola/2009/08/25/linhas-pedagogicas-veja-como-elas-funcionam-e-qual-tem-mais-a-ver-com-seu-filho.jhtm

http://fmaria.wordpress.com/2009/10/12/diversas-linhas-pedagogicas/

http://www.revistaenfoque.com.br/index.php?edicao=55&materia=307

Assis William
Enviado por Assis William em 22/08/2011
Reeditado em 19/02/2013
Código do texto: T3175746
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