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família, escola, convívio social.
Questiono-me: Quem, em sã consciência, prioriza o que escrevi com letras minúsculas? Infelizmente, os interesses de muita gente foram substituídos e, com isso, os valores idem.
Não escreverei sobre o óbvio pernicioso que todos sabemos, mas preciso explanar o que vejo, a fim de garantir algumas mentes pensantes, e que partilham da mesma opinião que a minha. Consciência de que isso afeta quase todos os lares mundiais, nos a temos. Então, por que permanecemos de mãos atadas e não “botamos ordem na casa?” Sim, na sua e na minha casa.
Temos medo de enfrentar o agitado coração adolescente? Culpabilizamo-nos pelos lares desfeitos e refeitos? Materializamos nossos carinhos tão ternos, abstratos e sem mesura?
Não precisamos mais de textos recheados de verdades sociais, sejam eles da Lya, Roseli, Quintana entre tantos monstros sagrados da literatura contemporânea, que nos façam pensar e repensar. O receituário está na minha e na sua mão.
Faz algum tempo, o professor da escola vem sendo chamado de EDUCADOR. Discordo desse atributo a mais, que deram aos mestres, pois a arte em educar tem que ser exclusivamente da família, que incluiu um ser pensante na Terra.
Ao professor, as incumbências são didáticas e pedagógicas. Evidentemente, que se trava uma relação deliciosa de amizade, afinal são duzentos dias letivos, divididos em cinco ou seis aulas diárias, sem contar plantões e aula extra. Mas, daí a querer que o professor também desenvolva o papel de EDUCADOR, é exigir demais. A educação, à qual me refiro, é exatamente a da falta de controle que os jovens exercem sobre si mesmos, com a conivência das famílias. E essas mesmas famílias “pagam” para a escola resolver o problema que não é e dela, nem nunca será.
Quantas vezes paramos para pensar que, o adolescente, que hoje dá atenção a tudo listado em letras maiúsculas, será o profissional no mercado de trabalho, daqui uns dez anos? E sendo esse o panorama, que profissional teremos cuidando de nossos dentes, de nossa saúde, de nossa assistência social, de nossos direitos e deveres? Não pensem que sou uma “cafona” ou “démodé”, e que acredito que devamos voltar aos tempos em que um olhar do pai bastava.
Drummond antecipou essa fala ao escrever “Não serei o poeta de um mundo caduco”; e esse poema, bem intitulado, deu-me o encorajamento para escrever esse artigo: “De mãos dadas”.
Abraços e obrigada Ci.