Por que aluno escreve tão mal? 9
“Escrever para pensar” é uma prática inversa dos exercícios de redação comumente aplicados nas escolas. É um escrever antes, sem uma preocupação prévia com exatidão gramatical e com a ordem do que se está escrevendo. Mas, geralmente não se explica ao aluno que ele pode escrever sem preocupação com ordens e depois encadear as idéias numa seqüência considerada lógica. Dado o tema para a redação, o aluno procura desenvolver o assunto, mas o processo pode estancar se ele aprendeu que, antes do desenvolvimento, é necessário que se escreva uma introdução. Pode-se perder muito tempo nessa fase introdutória, principalmente porque ainda nem se escreveu nada, para se saber a delimitação e o caminho a seguir. Até se chegar ao desenvolvimento, tudo o que não foi registrado por causa da ocupação com a introdução já tomou outro rumo ou se dissipou.
Um recurso também esquecido ou pouco usado na aula é a edição de texto. Antes do computador isso talvez não fosse prático, pois se gastariam folhas e folhas, borrachas e borrachas. Mas, hoje, a edição digital permite um movimento de parágrafos, troca de palavras, cortes de termos desnecessários, enxugamento de períodos etc., até que se chegue ao produto final. Mesmo que não resolva a situação, pois até para se editar é preciso conhecimento no trato textual, a edição é muito útil como recurso auxiliar. Depois da escrita inicial, com uma observação sobre a própria, verifica-se o que se deve corrigir, mudar de lugar e reescrever.
O fato de uma redação iniciar com a conclusão ou com o desenvolvimento pode muito bem ser a experiência que fará o aluno construir sua redação na sequência exigida pelo professor. Autores de novelas e filmes, geralmente, iniciam suas histórias a partir do fim, para esquematizarem o início e desenvolvimento da trama. Muitas excelentes redações começam no final. Se é que o final existe.
(continua)
“Escrever para pensar” é uma prática inversa dos exercícios de redação comumente aplicados nas escolas. É um escrever antes, sem uma preocupação prévia com exatidão gramatical e com a ordem do que se está escrevendo. Mas, geralmente não se explica ao aluno que ele pode escrever sem preocupação com ordens e depois encadear as idéias numa seqüência considerada lógica. Dado o tema para a redação, o aluno procura desenvolver o assunto, mas o processo pode estancar se ele aprendeu que, antes do desenvolvimento, é necessário que se escreva uma introdução. Pode-se perder muito tempo nessa fase introdutória, principalmente porque ainda nem se escreveu nada, para se saber a delimitação e o caminho a seguir. Até se chegar ao desenvolvimento, tudo o que não foi registrado por causa da ocupação com a introdução já tomou outro rumo ou se dissipou.
Um recurso também esquecido ou pouco usado na aula é a edição de texto. Antes do computador isso talvez não fosse prático, pois se gastariam folhas e folhas, borrachas e borrachas. Mas, hoje, a edição digital permite um movimento de parágrafos, troca de palavras, cortes de termos desnecessários, enxugamento de períodos etc., até que se chegue ao produto final. Mesmo que não resolva a situação, pois até para se editar é preciso conhecimento no trato textual, a edição é muito útil como recurso auxiliar. Depois da escrita inicial, com uma observação sobre a própria, verifica-se o que se deve corrigir, mudar de lugar e reescrever.
O fato de uma redação iniciar com a conclusão ou com o desenvolvimento pode muito bem ser a experiência que fará o aluno construir sua redação na sequência exigida pelo professor. Autores de novelas e filmes, geralmente, iniciam suas histórias a partir do fim, para esquematizarem o início e desenvolvimento da trama. Muitas excelentes redações começam no final. Se é que o final existe.
(continua)