A China sacode o mundo
Dizem que quem faz um bom negócio faz “um negócio da china” esse ditado é autentico e verdadeiro, mas só vale para os chineses.
Quem leu o livro A China sacode o mundo do escritor James Kynge 2007, sabe como a China superou seu atraso cultural, industrial e econômico e chegou, em tão pouco tempo a ser potência que é.
O autor começa informando que em 2002 a China comprou uma velha Usina Siderúrgica na Alemanha, desmontou, numerou peça por peça, embalou, transportou e a montou numa aldeia as margens do rio Yang-tse-Kiang.
Dois anos mais tarde a Siderúrgica já estava fabricando peças e componentes de ferro e aço. Funcionando a todo o vapor, em pouco tempo a usina já havia consumido quase todo o ferro velho por lá existente e cada dia precisava de mais matéria prima.
Para saciar a fome da Usina chinesa moradores de todo o mundo começaram a roubar, durante a noite, as tampas de bueiros de suas cidades e as embarcavam em barcos e navios piratas rumo a China. Como não havia tampas de bueiros suficientes nem matéria primária para abastecer a usina, a China começou a importar ferro velho, sucatas de material elétrico eletrônico, cobre, aço, alumínio, chumbo e outros materiais que podem ser reciclados como fez até recentemente.
Curiosas, as maiores empresas do mundo para lá correram para ver o que os chineses estavam fazendo com tanto “lixo”. Diante do que viram, evidentemente, se interessaram em fazer parcerias com a China. A Coca-cola puxou o cordão e atrás dela a maioria das grandes empresas se instalou no território chinês.
Cientistas, engenheiros e especialistas de todo o mundo levaram para a China, além da experiência pessoal, muitos arquivos de plantas de máquinas, segredos industriais e de tecnologia de ponta.
Hoje empresas americanas, holandesas, britânicas, japonesas, alemãs e outras instaladas na China, fabricam de tudo desde brinquedos, eletro domésticos, equipamentos eletrônicos, computadores, celulares, televisores, roupas, tênis até alimentos e exportam seus produtos com outras marcas e com o selo “made in China”.
Além da tecnologia as empresas que chegavam traziam também a cultura e os costumes ocidentais, inclusive as línguas alemã, inglesa, japonesa e até o português que por lá hoje são faladas.
Como a China conseguiu tal façanha? Isso quem sabe não diz, mas não precisa ser inteligente para deduzir que uma empresa só muda de País quando recebe incentivo, isenção de impostos e liberdade para produzir.
Assim, presume-se que o negócio da China foi simplesmente não cobrar impostos das empresas que lá se instalassem e não se envolver nas relações trabalhistas entre patrões e empregados.
A grande quantidade de empresas estrangeiras instaladas em solo chinês obrigou a China, que era fechada, a se abrir para o mundo capitalista e a participar do mercado financeiro.
As ações das empresas estrangeiras, com sede na China, e em seus satélites valorizam dia a dia e elevam o preço do Yuan para a paridade com o dólar. As bolsas de valores de Xangai e Hong Kong estão entre as maiores do mundo e acumulam pontos a cada dia.
Seja como fábrica ou banco do mundo, como é chamada, o fato é que a China nada tem de comunismo. A China é um país eminentemente capitalista só que a quota maior está nas mãos e controle do governo.
Outra coisa a se ponderar é que a China não escraviza os empregados, quem escraviza são as indústrias e empresas estrangeiras que lá estão. Por exemplo, com mão de obra e insumos baratos, a Ford pode fabricar na China o mesmo veículo ,com outra marca, e vender pela metade do preço do concorrente americano ou brasileiro.
Só para lembrar, a China produz hoje mais de 60% de todo o cimento consumido no mundo, é dona de mais de 10% da produção de energia elétrica do Brasil. Comprou os sindicatos brasileiros e está sondando a compra de terras na Amazônia.