Foto: Maurélio Machado - São Bento do Sul/SC
A flor símbolo do Brasil
Por: Maria Ramos
No Norte, Leste e Nordeste do Brasil, são mais conhecidos como pau d’arco (os indígenas utilizavam a madeira para fazer arco e flecha); no Pantanal Mato-Grossense, como peúva (do tupi, árvore da casca); e, em algumas regiões de Minas Gerais e Goiás, como ipeúna (do tupi, una = preto).
Os ipês pertencem à família das Bignoniáceas, da qual também faz parte o jacarandá, e ao gênero Tabebuia (do tupi, pau ou madeira que flutua), embora sejam de madeira muito pesada para flutuar. Tabebuia era, na verdade, o nome usado pelos índios para denominar a caixeta (Tabebuia cassinoides), uma árvore de madeira leve da região litorânea do Brasil, muito usada hoje na fabricação de artesanatos, instrumentos musicais, lápis e vários outros objetos.
Outros usos do ipê
Apesar de sofrer intensa perseguição por parte de madeireiros, o ipê ainda sobrevive graças ao cultivo para fins decorativos. Pelo seu menor porte (alguns ficam entre 10 a 20 metros), os ipês-amarelos são os mais usados na arborização das cidades, proporcionando um bonito contraste, principalmente quando suas flores amarelas caem sobre o asfalto. Encontrar o ipê em seu habitat natural, entretanto, é cada vez mais raro entre a maioria das espécies.
A casca da Tabebuia avellanedae, ipê-roxo que ocorre em todo o Brasil, é usada, sob a forma de chá, como diurético e no combate a infecções, ao impetigo, a alguns tipos de câncer, de lupus, doença de Parkinson, psoríase e alergias. Outras espécies, especialmente a T. impetiginosa e a T. serratifolia, possuem propriedades semelhantes e contêm praticamente os mesmos componentes químicos.
Imagens retiradas de:
Fontes de informação:
Lorenzi, Harri. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002.
Lorenzi, Harri. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, vol. 01, 4 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002.