Com esse povo o Brasil não tem jeito

Essa semana começou com uma notícia bombástica: ficamos sabendo que quase 190 mil militares da ativa receberam sem ter direito os 600,00 do Auxílio Emergencial. Dando um total de recebimento indevido de quase 14 milhões de reais.

Interessante que parte substancial da sociedade acreditava piamente nessa classe. Como se os mesmos fossem paladinos da justiça e moralidade. Ledo engano!

Hoje o governo liberou dinheiro para milhões de brasileiros que estavam em “análise” para receberem o Auxílio Emergencial.

Eu só estou assistindo gente da classe média alta, militares, aposentados e pensionistas com altos salários, funcionários públicos e empresários recebendo Auxílio Emergencial. Sem possuírem quaisquer direitos ao benefício. Desonestidade. Muita canalhice. Muito mau-caratismo. Muita falta de vergonha na cara.

Nessa horas eu sinto nojo, asco e repulsa do povo brasileiro.

Não consigo entender que pessoas que não têm direito por conta da sua renda alta, possam ao menos se inscreverem para receberem esse auxílio para necessitados: como pessoas de baixa renda, autônomos, desempregados e o pessoal do Bolsa Família.

Leandro Karnal tem uma frase lapidar: “Não existe político corrupto com povo honesto”. Sim, se os políticos são corruptos em sua maioria; é porque seus eleitores também o são. Gente sem caráter e vendável são aqueles que elegem os que lhes compram.

Waren Buffett afirma: “Honestidade é apreciada, confiança é conquistada, lealdade é retribuída e respeito é merecido. Honestidade é um presente caro. Não espere isso de pessoas baratas”.

Tem um texto que eu amo muito, chama-se “Catraca Livre”. Ele narra a visita de um professor a Europa, especificamente a Estocolmo, capital da Suécia. Leia e medite:

“O professor João Adalberto Guimarães, brasileiro em um intercâmbio na Europa, entrou numa estação de Metrô em Estocolmo, capital da Suécia. Ele notou que havia, entre muitas catracas normais e comuns, uma de passagem grátis livre. Então questionou à vendedora de bilhetes o porquê daquela catraca permanentemente liberada, sem nenhum segurança por perto. Ela, então, explicou que aquela era destinada às pessoas que, por qualquer motivo, não tivessem dinheiro para o bilhete da passagem. Com sua mente incrédula, acostumada ao jeito brasileiro de pensar, não conteve a pergunta, que para ele era óbvia: - E se a pessoa tiver dinheiro, mas simplesmente não quiser pagar? A vendedora, espremeu seus olhos límpidos azuis, num sorriso de pureza constrangedora: - Mas por que ela faria isso? Sem resposta, ele pagou o bilhete e passou pela catraca, seguido de uma multidão que também havia pago por seus bilhetes… A catraca livre continuou vazia. A honestidade é um dos valores mais libertadores que um povo pode ter. A sociedade que a tem naturalmente certamente está num patamar de desenvolvimento superior. Cultive este valor e o transmita a seus filhos, mesmo sem esperar o mesmo da sociedade.

Seu mundo muda quando você muda.”

Enquanto não tivemos essa postura como povo nunca seremos uma nação digna. Nunca teremos um parlamento honesto. Nunca eliminaremos esse tal “jeitinho brasileiro”, que nada mais é que o nosso câncer e nosso opróbio enquanto povo!

Acioli Junior
Enviado por Acioli Junior em 16/05/2020
Reeditado em 16/05/2020
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