Escola de Frankfurt: A Dialética do Esclarecimento

Adorno e Horkheimer.

Ambos desenvolvem uma crítica epistemológica muito importante a respeito da razão iluminista, quando a referida tinha como função libertar as pessoas das formas de domínio, político e econômico.

Entretanto, com a Revolução Industrial e o progresso social, levaram as pessoas a um mecanismo de alienação diante do desenvolvimento técnico industrial.

Adorno e Horkheimer imaginavam que a grande questão racional estava sempre na natureza controladora da razão, a serviço naturalmente da dominação capitalista.

No livro, A dialética do esclarecimento, os mesmos fazem dura crítica a Filosofia Iluminista, que na prática estimulou que a razão fosse desenvolvida dessa forma, como instrumento de dominação.

A razão como instrumento de controle, o que predomina na sociedade industrial e no funcionamento moderno da ideologia do liberalismo econômico, características típicas do modo de produção capitalista, em defesa da iniciativa privada.

Eles fazem uma análise revelando o desencantamento do mundo moderno, a não perspectiva de superação dos problemas criados por esse modelo, a consciência distorcida em relação às verdadeiras razões da dominação econômica.

A crítica a assimilação da razão distorcida, como se fosse aplicação da lógica real dos fatos, o caminho que corresponde à realidade, no sentido objetivo dela, aceitação do sistema social dominante.

A verdadeira razão da crítica ao Iluminismo.

Na verdade Adorno e Horkheimer formulam uma grande denuncia a respeito da razão moderna, do seu significado do motivo de ser, uma razão que do ponto de vista da sua criticidade morreu.

A razão foi totalmente eliminada a respeito do seu principio fundamental, a ideologia crítica dela mesma, está sempre subserviente as relações de domínio da produção capitalista.

Tal denuncia já tinha sido feita antes pela Filosofia marxista, não apenas os princípios desenvolvidos por Marx, mas até mesmo com o pósmarxismo, o conceito etimológico definido com novo marxismo.

O que existe de novo na Escola de Frankfurt, é a falta de esperança, a Filosofia começa perceber que essa questão parece não ter saída, isso em referência a possibilidade de transformação social e política do modelo capitalista.

A realidade social não será modificada, devido exatamente a falta de consciência crítica, a quase impossibilidade da razão ser crítica, a alienação absoluta, exatamente, a referência a representação da epistemologia formulada .

O problema da classe trabalhadora, que assimilou o capitalismo como perspectiva as soluções do mundo, a ideologia da não intervenção do Estado na economia, a não percepção que o livre mercado tem como objetivo maximizar o lucro.

A classe trabalhadora extremamente ingênua, sobretudo, quando por natureza ideológica assumiu o capitalismo como modelo ideal devido às conquistas relativas que a classe trabalhadora conseguiu no livre mercado.

Alienação da consciência em referência a esse aspecto é absoluta, a razão resultada da indústria cultural como mecanismo de massa, a ideologia que a massa só conseguirá alguns privilégios em relação a sua vida econômica, quando modelo de produção for evidentemente capitalista.

A industrialização cultural de massa que refere a Escola de Frankfurt, para Adorno e Horkheimer designam uma composição de cegueira, promovida através dos meios de comunicação, a consciência perde seu fundamento sistêmico, hoje anti razão.

O primeiro aspecto que desenvolveu entre o povo, é a padronização dos comportamentos, do mesmo modo, a forma de pensar a sociedade burguesamente.

As pessoas não são mais críticas, todavia, massificadas, esse mesmo modo, é internacionalizado capitalistamente pelo mundo afora, onde se avança a Revolução Industrial, portanto, impossível qualquer transformação social.

A falta de proposição para transformação, levou a um certo pessimismo a literatura, a impossibilidade da emancipação da razão,.

Com efeito, o Iluminismo traiu o seu projeto inicial, seria necessário uma contra revolução na elaboração do pensamento crítico.

A retomada do Iluminismo, na superação do atual modelo, mas o que é impossível para a própria Escola de Frankfurt.

Sobretudo, quando se trata da epistemologia em análise, a crítica que fizeram da dialética do esclarecimento.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 15/04/2020
Reeditado em 15/04/2020
Código do texto: T6917546
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