A Hermenêutica entre Heráclito, Parmênides e Aristóteles.
Mundo helênico filosofia pré socrática.
Heráclito e Parmênides, duas epistemologias distintas.
Para Parmênides a realidade é estática, nada muda, a substância da materialidade sempre a mesma.
Heráclito, a realidade define-se pela transição, tudo muda, nada é eterno, portanto, a contradição entre o conceito da eternidade e a transição.
Aristóteles o grande filósofo, procura solucionar tais contradições, na formulação de uma nova hermenêutica.
A realidade fundamenta-se em ato e potência, a conciliação dos dois grandes filósofos.
O Ato a manifestação do que o ser é, o que já existe, o aspecto eterno da substancialidade.
Potencia, a possibilidade da mudança, aquilo que o ser ainda não é, que poderá vir a ser, através do movimento afirma a transição na busca da perfeição.
Portanto, tudo se resume numa ação de passagem da potencia, na constituição do ato.
Com efeito, classifica a realidade material como acidente, os aspectos estruturais do movimento.
Deste modo, o ser se fundamenta na substancialidade, a acidentalidade, sendo a substância o que é da estrutura essencial do ser, o acidente o que é circunstancial, não é essencial, poderá ser ou não ser.
Com efeito, a investigação do ato, resulta-se o fenômeno de causalidade, a passagem da potência ao ato, não se dá ao acaso, tudo é determinado por uma causa.
Portanto, o que determina a materialidade do ser, sendo o que é, a principal causa resume na materialidade da realidade.
Causa material refere-se a matéria, de que é feito uma determinada coisa, a efetivação de uma mesa, a madeira a causa material da mesa.
Causa formal, a forma específica como foi configurada a mesa, sendo que a causa formal depende da causa eficiente, o modo, como o marceneiro fez a mesa.
A causa final, objetivo da mesa, qual a finalidade, a razão de ser da mesa.
Para Aristóteles a causa formal está subordinada a causa final, a finalidade é a razão de ser da causa eficiente.
Sendo assim, a causa final comanda toda movimentação física, sendo desta forma, tudo muda na constituição das coisas na passagem constante da potencia ao ato.
Portanto, tudo é movimento na constituição da essência, deste modo, tudo é transitoriedade na passagem da materialidade, da potência ao ato.
Edjar Dias de Vasconcelos.