Foucault a explicação do livro, A Ordem do Discurso.

O livro A Ordem do Discurso de Foucault, aula presidida no Collège de France, os discursos são ideologias elaboradas com objetivo do domínio político.

Em defesa do liberalismo econômico, sustentado no capitalismo como modo de produção.

Deste modo, os discursos são controlados pelo poder institucional repressivo, o Estado como instituição política.

A liberdade de expressão um mito literário, a linguagem está condicionada a lógica normativa do sujeito reprimido, em defesa da ordem social.

O discurso é controlado, manipulado, subjetivado e ideologizado, organizado na perspectivas da conjugação dos poderes dominantes, mascarando a construção do saber contestatório.

São diversos os procedimentos repressivos do discurso, primeiro, a interdição do discurso, a limitação do mesmo, nem tudo pode ser dito pela linguagem.

Segundo, os discursos são determinados pelo desejo do poder, guerra ideológica, uma constante luta pelo controle epistêmico da linguagem.

Neste aspecto o discurso não tem preocupação com a objetividade, todavia, com o controle da dominação.

A luta pelo domínio das proposições articuladas, sendo o discurso simples retórica substanciada por sofismas filosóficos.

Com efeito, o discurso é vazio de conteúdos epistemológicos, como resultado praxiológico, o discurso tem finalidade de provocar a exclusão do inimigo.

Sendo assim, o discurso caminha na perspectiva da rejeição do contraditório, entre a razão e o direito, inclusão e procedência, a análise não objetiva da sociedade, o discurso a própria incompreensão.

O discurso subverte a realidade, transforma o espírito fenomenológico em alienação, alterando a ordem racional da linguística.

A verdade é o próprio engodo do entendimento da linguagem, portanto, o discurso não tem validade, é a reprodução ideológica do domínio, por meio das proposições.

O discurso é sempre contaminado por regras sociais da exclusão, sustentadas por instituições detentoras do saber.

O que é falso no discurso, o substrato que garante a lógica do poder, motivo pelo qual o discurso tão somente uma ideologia hermenêutica.

Diante do referido entendimento, manifesta Foucault, o verdadeiro discurso é o contra discurso oficial, uma espécie de destruição do logocentrismo de dominação.

O verdadeira ordem da linguagem está em consonância com o discurso, que objetiva a libertação do poder opressor, só assim poderá efetivar a vontade da verdade epistêmica.

Em síntese o discurso não pode fazer uso da linguagem mascarando a realidade, do modo, em que funciona as instituições liberais.

Portanto, o jogo da linguagem deve ser articulado para um projeto social civilizatório, desconstruído a ordem da validade do discurso gerencial.

O trabalho de Foucault muito bom, desenvolve o entendimento da fenomenologia do desvendamento do discurso articulado com o poder, com legitimidade social para a destruição da equalização social.

Foucault mostra como são articulados os enunciados, no passado e no presente, as regras sociais de dominação em todos os tempos, a necessidade emergencial da destruição do discurso institucional.

A Filosofia é um instrumento cultural na construção do anti discurso, na destruição dos mundos ideológicos formatados como proposições resultadas do domínio político, no entendimento institucional do mundo pós contemporâneo.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 20/10/2019
Reeditado em 20/10/2019
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