A Gestalt como sujeito epistemológico.
O que é a Gestalt, como epistemologia, uma doutrina filosófica aplicada a psicologia da análise, epistemologicamente.
Não é possível conhecer o todo através das partes, do mesmo modo, não se conhece as partes sem o todo.
Sendo que a memória tem uma estruturação global com lógica logocêntrica, com sua leis próprias, coordenando a percepção por meio da análise fenomenológica, a realidade jamais será representada objetivamente.
Com efeito, o cérebro percebe e interpreta o objeto fenomenológico, incorporando imagens ideológicas.
As sensações geram a percepção, entretanto, as referidas são condicionadas a priori pela estruturação ideológica do cérebro, como produto da fenomenologia.
Portanto, significando que a percepção está também condicionada ao mundo das ideologias interpretativas, possivelmente, a única existência real.
De tal modo, que o entendimento é sempre a continuidade compreensiva da memória a priori estruturada, tal é a lógica do funcionamento do cérebro.
Sendo assim, as percepções são representações inconclusivas, jamais a realidade como objeto fenomenológico.
A união das sensações gera a percepção, fundamental á análise da teoria, a idéia de que o conjunto é mais que a soma das partes.
Desse modo, o fator evolutivo cultural epistemológico, realiza-se através do mecanismo contínuo sintético, gerado por sínteses condicionadas.
Logicamente que são diversas as sínteses formatando as múltiplas hermenêuticas, todas ideologizadas, subjetivadas,
incompletas no campo perceptivo.
O que é então o entendimento, a perspectiva subjetiva, aproximada, na história do desenvolvimento do pensamento, impossível a compreensão sintática do objeto fenomenológico em sua complexidade.
A percepção é sempre em menor ou maior escala, a fenomenalidade ideológica.
A impossibilidade da hermenêutica não ideológica.
Edjar Dias de Vasconcelos.