Aprender é uma tarefa prazerosa (ou a sutil relação entre a esterqueira e o curral)
Aprender é uma tarefa prazerosa... (a sutil relação entre esterqueira e curral)
Como nasci no sertão do Sergipe, acostumei-me desde cedo com as lidas campesinas na fazenda de meu tio-avô Joãozinho Cruvelo, sendo que esterco não me causa espécie. Quanto ao curral, (que ainda não tenho) procuro manter limpo o espaço em que mantenho os animais aqui de Pasargada, ensinamento precioso do meu já citado tio-avô.
Rogo aos céus para que o ilustrado Hegel não venha a estremecer em seu mausoléu, por este sertanejo iconoclasta não o venerar, crime que estendo a outros próceres como Schileimacher, Kirkegaard, Schiller e mais alguns. Quanto ao Coelho, sem chance: nem com reza braba a leitura do sujeito me desce. Do Olavo, já me basta as sandices que o face me mostra, quando me detenho para as ler em um ou outro intervalo das lidas aqui na roça.
Peço vênia para acrescentar que o meu aprendizado sobre comportamento social com os bichos aqui na Mantiqueira, aonde estou ja faz alguns anos, pouco fica a dever com o realizado com o bicho humano nas cidades.
É digno de nota como os coelhos são asseados, e como os patos são solidários com as mães e seus filhotes. Esses seres emplumados tem mais noção de família do que muito ser que se pretende humano.
Enquanto estiver respirando não perderei a oportunidade de continuar aprendendo.