Pobres coitados
Pobres coitados, assim eu denomino aqueles que teimam em estacionar seus simples ou até mesmo luxuosos carrões nas ruas da cidade e não prestam atenção em um pequeno detalhe: na maioria das vezes estão bloqueando rampas de acesso a cadeirantes. Por incrível que pareça, ainda tem gente pensando que aquelas rampas são de enfeite e que não há uso.
Podemos enumerar vários erros grotescos, com relação a acessibilidade, dentre elas: lojas que ocupam as calçadas com cadeiras, produtos e até mesmo carros, dificultando assim que um deficiente visual e ou até mesmo físico caminhe normalmente, exercendo seu direito constitucional de ir e vir. Há também lojas, restaurantes e empresas que não possuem sistema de acesso a deficientes físicos, excluindo a pessoa de entrar e comprar algo que deseja, assim passando humilhações de esperar que alguém atenda do lado de fora.
Não é de espantar com tudo isso, estamos num País onde tudo é permitido, crianças morrem em leitos de hospitais, enquanto deputados, senadores e políticos de toda sorte, estão engordando suas contas bancárias.
Não entendo estas pessoas que estacionam seus carros em locais onde estão as rampas de acesso, deve ser complicado estacionar um pouco mais a frente, e seguir de cabeça tranqüila por estar ajudando alguém que realmente precise daquelas rampinhas que não estão ali de enfeite e ou até mesmo expor seus produtos em locais que não atrapalhe.
Vamos ter um momento de lucidez e compartilhar de um pouquinho de humanidade, colaborando para que pessoas com deficiências tenham livre acesso.
Goianésia, 15 de agosto de 2012