MULTICULTURALISMO – SIM! ALIENAÇÃO DO POVO AMAZONENSE – NÃO! (Primeira Parte)

Os principais pilares da democracia são: alternância do poder e a garantia da liberdade de expressão humana (individual, artística, cientifica...). Sem essas duas essências o povo vive sob o conceito de um tirano.

Não imagino o que se passou nas administrações passadas que, permitiram a um só indivíduo tutelar a Cultura do Amazonas por dezesseis anos (plantaram a semente da tirania). Ainda não estou a julgar seus atos.

Meus primeiros apanhados dos dados nos últimos vinte anos, referente ao escoamento do dinheiro público em contrapartida com os projetos culturais executados através da Secretaria de Cultura do Amazonas, soou um alarme vermelho. Especialmente os vultosos repasses à entidade “Amigos” da Cultura (creio que os documentos estão errados – pois consta que o filho do secretário foi (ou é) o gestor dessa entidade). Futuramente, breve, pretendo reportar ao público minha análise completa.

Direitos individuais

No mês passado, tomei ciência que, alguns artistas, poetas, escritores, literatos, universitários, estavam sendo constrangidos no exercício de seus ministérios de rua. Tornei-me testemunha ocular – fui constrangido no espaço público nos arredores do Teatro Amazonas e na Praça Eliodoro Balbi, quando apresentava um projeto (independente) de incentivo à leitura, através do selo Coleção de Rua. Procurei os gestores desses espaços públicos para explicar-lhes que se tratava de um projeto educativo/cultural e que fui confundido pelos (guardinhas azuis) com sendo vendedor ambulante e de produtos ilegais (pirateiros). E que, portanto, deveria ser corrigido esse equívoco – orientando, educando e esclarecendo os (guardinhas azuis), sobre as diferenças entre comércio ambulante, vendas ilegais e a PROMOÇÃO CULTURAL AUTORAL (multiculturalismo). Trabalho que é realizado em diversas formas e em todos os rincões deste País. Fique foi perplexo! Uma moça, subserviente e subordinada ao secretário de Cultura, informou-me que, no Amazonas era diferente e que o secretário era quem delimitava a promoção da Cultura e quem expedia as licenças para quem deseja realizar seu ofício cultural nos espaços públicos. Foi inútil minha tentativa de esclarecer a essa moça que, o Amazonas faz parte do Brasil e que a Constituição brasileira é válida aqui também. Então, constatei a tentativa de alienação do povo amazonense.

Qualquer ensaio que tente delimitar os parâmetros da miscigenada Cultura brasileira e sua constante mutação, pode perfeitamente ser encarada como uma tentativa de alienação do povo brasileiro – um ato arbitrário e truculento de algum indivíduo (pobrezinho) se passando pelo falso tirano Muamar Kadafi (morto) ou imitando o ditador Bashar al-Assad.

Escritor e aprendiz de poeta