Hoje resolvi dar um mergulho nas palavras. Deixei-me encobrir por elas tentando alcançar o fundo de uma piscina imaginária. Como dizia Olavo Bilac, essa nossa “Última flor do Lácio” é cruel com quem deseja dominá-la, contudo brincar com essa flor não é proibido. Ela até que gosta. E quem procura conhecê-la de perto, fica encantado. Ela é dinâmica, não pára no tempo. Mutati mutandis. E assim, com criatividade, pessoas famosas ou não, conseguem criar frases ou descrever situações de forma diferente. Sempre surge uma nova maneira de interpretar tudo o que acontece ao nosso redor. Celebridades do mundo artístico, intelectuais, políticos e até pessoas comuns às vezes nos surpreendem. São afirmações engraçadas, sarcásticas, irônicas, reflexivas, enfim, o poder de criação dos seres humanos não tem limites. Escrever é uma arte que procede do pensamento e que não depende só da inteligência. Há que se considerar o fator sensibilidade. E nem sempre pessoas inteligentes são sensíveis. Esta faculdade, sim, é o componente básico para se expressar de forma diferente ou fazer considerações nunca antes cogitadas, pelo menos considerando o nosso pequeno universo de parentes, amigos e conhecidos, ou até mesmo ditos provenientes de pessoas estranhas, mas que casualmente cruzam o nosso caminho. Até crianças nos espantam com ingênuas declarações que por vezes nos fazem rir. Ingenuidade mesclada com sabedoria, foi o que já deixou-me muitas vezes perplexo.
Não é raro parafrasearmos algo que antes já fora exteriorizado por algum desconhecido ou famoso sem que soubéssemos. Isso é comum, todavia, uma pequena inversão, o acréscimo de uma palavra causa uma nova impressão aos nossos sentidos. Atualmente a literatura é tão diversificada que nos confunde. Há livros que são capazes de trazer um novo sentido de vida para os que lêem. No entanto, outros livros, pregando uma filosofia diametralmente oposta, são capazes de promoverem as mesmas mudanças em outras pessoas. Acho que isso sugere que as mudanças residem dentro de cada um de nós: é só provocá-las! Na verdade misturei um pouco o propósito da minha narrativa, afinal falei de literatura e me referi também a obras de auto-ajuda. De certa forma, a evolução da sociedade trouxe consigo a problemática da busca da felicidade e a procura pelos remédios encadernados que visam curar as doenças da alma. Pessoalmente faço distinção entre do conhecimento e da auto-ajuda e aquela voltada para o regozijo da alma ao apreciar o que é belo e que nos causa a emoção pelo simples manejo das palavras e das idéias. A força da narrativa que nos prende desde primeiro ao último verso ou do primeiro ao último capítulo de uma obra, ambas as situações que foram aprovadas pelas preliminares as quais motivaram o nosso aceite e espontânea escolha.
Está estressado(a)? Leia um bom livro!

Té...