12º Capítulo
O encontro de Beth com George Alvin.
Como damas recatadas que eram a Senhora Sara e Elizabeth ,ao andarem pelo povoado, elas nem olhavam para o Cassino Liverpool. Sara Haullins sabia das idas do seu esposo àquele local , mas fazia vista grossa. As duas damas fizeram as compras no mercadinho, na farmácia,visitaram uma amiga conhecida há muito tempo . Ao saírem para retornarem ao rancho, teriam que passar em frente a delegacia, o que fazia Beth ficar apreensiva,pois sabia que o Juíz Will sempre estava por ali. Bem na porta , com um pé escorado na parede ,estava o xerife numa prosa com o juiz John Will. Assim que viu as damas, veio todo sorridente cumprimentando-as. Ao tentar beijar a mão de Beth esta recusou em estender o braço e ficou olhando bem fundo nos olhos dele. O Juíz Will sabia que Beth estivera todo aquele tempo enferma por sua causa, mas gostava de irritá-la e não perdia a chance de falar no casamento.
-Então Senhorita Beth, quando ficaremos noivos? Pergunta com um sorriso zombeteiro.
Ao que Beth responde:
-Nunca serei sua noiva, muito menos sua esposa. Perca as esperanças Senhor.
Olha para sua mãe e a chama para saírem daquele local.
-Até mais Senhor Will- cumprimenta a Senhora Haullin. Boa tarde ,xerife.
As duas saem apressadas, e dirigem-se a charrete. O cocheiro logo inicia a viagem de volta . Mas no meio do caminho , quase pegando a estrada que vai para o rancho, aparece um cavaleiro ,alto,todo de preto, chapéu descido sob os olhos,elegante. Vinha galopando rapidamente ao encontro da charrete. O cocheiro puxa as rédeas dos cavalos e para a charrete.
-Boa tarde . Preciso de uma informação Senhor...Fala o desconhecido.
-Pretson, pode falar. Responde o cocheiro.
-Para que lado fica o povoado Fort City? Estou no caminho certo? Fala o desconhecido.
Beth não resiste ao ouvir aquela voz. Parecia que já a ouvira em algum lugar, e que a atraía como nunca. Desce da charrete, com desculpa de esticar o corpo. O homem ao vê-la levanta o chapéu e dirige seu olhar para ela. Beth não consegue segurar um Oh! Desculpe...estava um pouco cansada e desci para esticar as pernas. Seus olhos se encontraram. Beth amou aqueles olhos verdes, maravilhosos.Ficou sem fala e o contemplou por uns instantes. Ele era moreno, , alto, esbelto, queixo um pouco quadrado, olhos profundos,bem verdes, boca tamanho normal , com os lábios médios, só aquela capa sobre o seu corpo não dava para definir bem as suas pernas nem o tórax. Respirou profunda e silenciosamente.
Com o chapéu ainda na mão o homem fala. – Desculpe, sou George Alvin, a seu dispor ,senhorita...
-Elizabeth Haullin...completa a moça.Muito prazer. O que o traz por essas bandas?
-Bom, venho de Denver, questões pessoais, preciso chegar a Fort City. Dona Sara não desceu. Continuou na charrete , mas ouvira toda a conversa e percebeu que sua filha ficara impressionada com o desconhecido, de nome George Alvin.
-Bom, tenho que seguir viagem. Então muito obrigada senhor Pretson. Adeus Senhorita Elizabeth. Segurou a sua mão entre a sua e a beijou. Beth sentiu um arrepio percorrer sua espinha. O rapaz montou em seu cavalo e começou a cavalgar. A moça ainda o olhou até vê-lo desaparecer na estrada, para entrar na charrete. Dona Sara a olhou desconfiada. Beth estava com as faces vermelhas. Sentou-se e ficou com o olhar vagando, acariciando a mão onde George beijara. Pretson começa a viagem novamente e logo a charrete já entrava nas terras do Senhor Jacob.
Margareth Rafael