CRÍTICA À CHALAÇA

O livro de Roberto Torero é bastante criticado por conta da veracidade das informações questionadas por pesquisadores quanto a contradição de algumas poucas informações de nomes e dadas dos fatos, alguns históricos. Porém, tais informações encontradas na obra, seguem fielmente as anotações do suposto diário tão procurado e raro de Francisco Gomes que estaria com herdeiros bastardos e que foram negociados a um elevado preço para ter acesso.

As informações sobre a vida de Chalaça, um moço estudado para ser padre, mas que se desvirtuou dos propósitos pelas mulheres e pelas festas com os amigos pagãos. Chalaça se demostra uma pessoa bastante pensante, curiosa, engraçada, irônica, inteligência, genial, mas também dotada de defeitos, que na medida em que contribui para alguma benfeitoria na vida de D. Pedro, tais defeitos são minimizados, pois até mesma a inimiga, D. Amélia (segunda esposa de D. Pedro), que o expulsou do palácio por se demostrar sem caráter, mais tarde reconhece as contribuições e companheirismo para com o príncipe, e o perdoa.

A obra de Torero apresenta argumentos convincentes de Chalaça como sendo machista ao descrever a mulher como um fruto para satisfazer os impulsos sexuais masculinos. Apresenta ainda metáforas, pensamentos comparativos com animais, e até cita trechos bíblicos, principalmente os em relação à amizade de Jônatas com Davi e a vida lastimável de Jó. Em certo ponto, Chalaça se demostra racista, mas nada tão além do que é esperado na época vivida.

O narrador da obra literária descreve as falas particulares de Chalaça para enfatizar ao leitor alguns elementos do protagonista, notando traços imaginativos e inteligentes, destacando Chalaça como uma pessoa bastante presente e eficiente em tudo o que fazia ao lado do patrão D. Pedro. Tanta eficiência e eficácia que geraram títulos e empregos de juiz de Balança, Guarda de Honra, Tenente, Capitão, Coronel Comandante, Secretário Particular, administrador e até escritor por ser muito bom com as palavras, onde muitas vezes escreveu pelo patrão.

Enfim, Chalaça aparece em diversos trechos da obra como um ser sortudo ou agraciado por Deus, e sempre se dizendo ser uma “divina providência”, que no fim de tudo é liberto da pobreza e dos vexames graves. Assim, Chalaça se mostra bastante presente em diversos momentos importantíssimos da história do Brasil ao lado de D. Pedro, como por exemplo o acontecimento da Independência, revelando até uma breve situação constrangedora de dor de barriga na família real, dando destaque a sua forma se ironizar e brincar com as situações mesmo se mostrando sério.

Angel Angélica
Enviado por Angel Angélica em 17/12/2018
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