Crítica Autobiográfica
Estou aqui outra vez. Odeio-me, e o faço por ter escrito algo belo novamente. Eis que vos falo do poema “Ínsula de Portugal” que enfatiza meu idealista sonho de país, o que cega-me para as reais circunstâncias e problemas que caracterizam a identidade de um povo. Em nenhum momento tenho a lucidez de tratar da política, da logística, da razoabilidade e viabilidade de relacionar-me com este ideal de país. Quando se trata da vida real, as perguntas são sempre mais difíceis, complexas e ocultas; não adianta contar histórias, criar contos ou clamar delírios. É-me evidente que pequei contra minha inteligência, sinto-me uma criança a sonhar, e como venho dizendo, detesto-o.
— Nota do Autor.