Tereza Cristina Barros de Carvalho
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Tua boca me inspira um desejo: desejo de um beijo.
E o suor da pele que o contato dos corpos nos dará,
Revigora meus instintos mais íntimos – quero amar!
Esperaria a vida inteira, se preciso fosse, e feliz...
Zoaria dos meus medos e dos meus desejos, de tudo.
Ao final, semblante reluzente,sei que seríamos um só.
Calor, corpos desnudos... Ah que delícia de mulher!
Reiteradas vezes meiga e sensual, instigas e queres:
Infindáveis carícias, voluptuosos abraços... Sussurros.
Sussurros de menina que adora amar em abundância.
Teu corpo, felina ardente, é meu deleite de criança.
Ingrato mundo que nos afasta agora sem permissão.
Não posso viver dessa forma, apenas ao calor do sonho...
Ah, menina, quero concretizar meu mais pífio desejo.
Beijos...
Aliviam meu desejo.
Respinga em mim o teu suor.
Respinga em você o meu gozo!
Oh mundo algoz, eu ouso!
Sim... Ouso amar e sem temor.
Devaneios
E sonhos...
Cansei. Meu corpo treme e quer mais, muito mais!
As raízes do inconsciente me fazem delirar, sim...
Rasgo as vestes da minha lucidez e desapareço.
Vago pela minha desilusão e não te encontro nunca.
Agora, saciado na minha solidão, tento uma busca:
Lugar escuro... Não vejo nada além de mim mesmo.
Homem tolo e ébrio – embriagado pela cerrada retina.
O que fiz além de burilar meus instintos vazios?
Crato-CE, 10 de julho de 2007.
22h48min
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