Poetas que choram e amam
Parti meu pensamento em mil pedaços...
Ouvindo o som que vinha dos espaços
Eu olhava incansavelmente a Lua cheia
Tremia e o sangue fervia em minha veia...
Ah, tornavam-se par de asas os meus braços:
Sentia desenlaçar em mim os nós e os laços.
Quantas horas fiquei assim eu nem me lembro,
Uma..., duas...., três..., melhor parar não vou lembrar.
Era mês de Junho? Julho? Agosto? Ou Setembro?
Chamava ininterruptamente pelo seu nome.
Hoje, somente hoje fui voltando a realidade
Ontem eu estava transformada do amor que me consome:
Relembro que tudo que vivi ontem foi verdade...
Ah, devaneios de amor sempre deixam saudade!
Mas, a noite morre, o dia nasce e desperta a cidade...
E pouco a pouco a rotina de todos os viventes recomeça.
Assim foi. Assim é. E, assim sempre será.
Muitos vivem e contam as coisas que viveram;
Alguns se lembram, mas fingem que esqueceram
Mas, pela mão de Poeta o verso se eternizará!