CLANDESTINOS OU REFUGIADOS

Casas continuam amontoadas

Longe de não serem barracas

A procura do direito de trabalhar

Na ânsia de ter o digno pão

Deixa pouco ou nenhum orgulho

E no mar da incerteza nada

Sabendo que é verdadeiramente nada

Tudo que tem são duas vazias mãos

Imaginação morta de uma vida melhor e...

No rosto duas lágrimas e um lamento, ele é

O Verbo que se fez pobre e habitou nesta Civilização

Sonhada e criada pelo vil metal.

O momento é de Guerra ou Guerra ou nenhuma PAZ

Uns morrem, outros morrem, alguns se refugiam e... Morrem...

Refletiam-se nos rios e pareciam iguais

Espelho se criou e nele viram a diferença

Formaram conceitos e preconceito criaram

Uma lógica inventada onde iguais são desiguais

Guerrearam e batalharam e pelejaram

Irracionais tornaram em soldados agricultores e meninos

A pouca comida que havia alimentaram a fome

Destruídos, suas mulheres e seus filhos a Lampedusa foram

Os sonhos da vida melhor que a África das guerra

Sufocaram no grande Mediterrâneo dos deuses!

Praia,25 de Janeiro de 2014

Embaixador Universal da Paz - França - Genebra - Suiça - Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix

Embaixador de Poetas del Mundo para Cabo Verde

Delegado da U.L.L.A. em Cabo Verde

João Furtado
Enviado por João Furtado em 25/01/2014
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