Homenagem ao Dia do Trabalhador 2013

H – Hoje é o dia de reverenciar a luta

O – Operários fazem o PIB de um país girar

M – Maioria dos cidadãos batalhadores

E – Esquecidos por classes dominantes

N – Nutrem esperança de renovação

A – Acreditam que o melhor está por vir

G – Guerreiros reais do nosso cotidiano

E – Exímios malabaristas da corda bamba

M – Maltratados por um sistema desigual

A – Autoridades de um poder público relapso

O – Ostentam seus luxos com suor do proletário

D – Dá a César o que é de César é justiça social

I – Inteligência administrativa valoriza mão de obra

A – A experiência e sangue novo juntas fazem diferença

D – Democracia se faz respeitando leis trabalhistas

O – O profissional feliz é o profissional reconhecido

T – Toda conquista adquirida vem com esforço do trabalho

R – Representa a nação de verdade quem por ela labuta

A – A união faz a força que faz um povo feliz e vitorioso

B – Brigando sempre por causa justa e fundamentada

A – Adquirir direitos nos trazem deveres para cumprir

L – Liberdade só é concretizada com o digno ganha pão

H - Honestidade e trabalho são alicerces que não se abalam

A – A cada 1° de maio uma reflexão de importantes valores

D – Digno de seu salário é o trabalhador que batalha pelo pão

O – O país se faz de cultura, educação e mão de obra qualificada

R – Receba trabalhador a digna homenagem e o aplauso por seu dia

Construção

Intérprete: Chico Buarque

Composição:Chico Buarque

Amou daquela vez como se fosse a última

Beijou sua mulher como se fosse a última

E cada filho seu como se fosse o único

E atravessou a rua com seu passo tímido

Subiu a construção como se fosse máquina

Ergueu no patamar quatro paredes sólidas

Tijolo com tijolo num desenho mágico

Seus olhos embotados de cimento e lágrima

Sentou pra descansar como se fosse sábado

Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe

Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago

Dançou e gargalhou como se ouvisse música

E tropeçou no céu como se fosse um bêbado

E flutuou no ar como se fosse um pássaro

E se acabou no chão feito um pacote flácido

Agonizou no meio do passeio público

Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último

Beijou sua mulher como se fosse a única

E cada filho seu como se fosse o pródigo

E atravessou a rua com seu passo bêbado

Subiu a construção como se fosse sólido

Ergueu no patamar quatro paredes mágicas

Tijolo com tijolo num desenho lógico

Seus olhos embotados de cimento e tráfego

Sentou pra descansar como se fosse um príncipe

Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo

Bebeu e soluçou como se fosse máquina

Dançou e gargalhou como se fosse o próximo

E tropeçou no céu como se ouvisse música

E flutuou no ar como se fosse sábado

E se acabou no chão feito um pacote tímido

Agonizou no meio do passeio náufrago

Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina

Beijou sua mulher como se fosse lógico

Ergueu no patamar quatro paredes flácidas

Sentou pra descansar como se fosse um pássaro

E flutuou no ar como se fosse um príncipe

E se acabou no chão feito um pacote bêbado

Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado

Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir

A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir

Por me deixar respirar, por me deixar existir,

Deus lhe pague

Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir

Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir

Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,

Deus lhe pague

Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir

E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir

E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,

Deus lhe pague

Fábio Brandão
Enviado por Fábio Brandão em 27/04/2013
Reeditado em 27/04/2013
Código do texto: T4262452
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