Trinta Anos sem Elis Regina
Talentosa gaúcha nascida em Porto Alegre em 17/03/45
Reconhecida como a melhor cantora brasileira de todos os tempos
Impressionante presença de palco, voz e personalidade
Nos shows inovou com “Falso Brilhante” e “Transversal do Tempo”
Tinha capacidade de variar emoções em cada música apresentada
A cantora Ângela Maria foi uma de suas maiores referências
A revelação do festival da TV Excelsior em 65 com “Arrastão” *
No ano de 67 casou com Ronaldo Bôscoli e teve João Marcelo Bôscoli*
O seu repertório variava entre samba, MPB, bossa nova, rock, jazz...
Suas canções refletiam amor, tristeza, patriotismo, ditadura militar...
Seu segundo casamento foi com o pianista César Camargo Mariano
Ele é pai dos cantores Pedro Mariano e Maria Rita
Madalena, “Atrás da Porta” e “Como Nossos Pais” ficaram na memória
Ela inscreveu a voz na “Ordem dos Músicos do Brasil”
Lançamento do primeiro disco: 1961, “Viva a Brotolândia”
Iracema e Tiro ao Álvaro são sambas de Adoniran Barbosa que gravou
Sagrou-se a melhor do ano de 1965 com o “Troféu Roquete Pinto”
Realizou quase 300 apresentações com o disco “Falso Brilhante”
Engajou-se em movimentos de renovação política e cultural
Garra não faltou para a campanha de anistia de exilados brasileiros
Inesquecível interpretação de “O Bêbado e o Equilibrista”
No ano de 1980 participou do especial da Globo “Mulher 80”
Aos 36 anos em 19/01/82 falece por overdose de cocaína
O Bêbado e A Equilibrista
Elis Regina
Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto
Me lembrou Carlitos...
A lua
Tal qual a dona do bordel
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel
E nuvens!
Lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas
Que sufoco!
Louco!
O bêbado com chapéu-coco
Fazia irreverências mil
Prá noite do Brasil.
Meu Brasil!...
Que sonha com a volta
Do irmão do Henfil.
Com tanta gente que partiu
Num rabo de foguete
Chora!
A nossa Pátria
Mãe gentil
Choram Marias
E Clarisses
No solo do Brasil...
Mas sei, que uma dor
Assim pungente
Não há de ser inutilmente
A esperança...
Dança na corda bamba
De sombrinha
E em cada passo
Dessa linha
Pode se machucar...
Azar!
A esperança equilibrista
Sabe que o show
De todo artista
Tem que continuar...
Compositores: João Bosco / Aldir Blanc