AMOR
Desperto em meu leito vazio
Cemitério dos meus ais, e quantos!
Vislumbro teu rosto do qual lembro
O último sorriso
Parece que meu dia é sempre o de ontem
Encerrado nessa kripta mental
Quanta falta faz teu cheiro, tu me trazias sorte sabias?
Mas não mais provei desse sentimento
Minha boca é puro fel, os olhos de lamentos
Esperam perdidos a cada dia sempre naquela direção
Pois já que partiste sem dizer quando; deveria esperar tua volta
Pra que renasçam as primícias do meu sentir
Tive uma epifania eu acho, que teu retorno não tardaria
Ah! Será que é porque já sinto teu aroma tão doce
Que me lembrava minha infância quando eu não sofria
Mas tampouco era bom, pois também não te conhecia
E ainda que tarde esse dia de tua volta
É certo que meus jardins somente renasceram nesse dia
Que outra vez puder chamar-te “Luz de minha vida”