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Relembro claramente a noite primeira de nós dois...
Ontem, não foi? Uma estática telinha nos unia.
Sentenciamos detalhes da nossa e de outras vidas.
Entre uma e outra eu me dividia ao digitar os verbetes.
Lindas todas, dividia-me entre as quatro, não devia.
Aos poucos as cansadas saíram e ficamos a sós.
Névoa me ofuscava as idéias em função dos lembretes
Escritos para todas ao mesmo tempo, sem precisão.
Forçosamente saímos em função da noite que corria,
Restando as esperanças de um outro encontro empós.
Esperar não esperei mas de repente você me surge
Inda era tarde quando entrei e você me surpreendeu
Repetindo o pedido de antes: “já fez o verso meu?”
Espere, moça! Os pedidos cresceram e o tempo urge.
Tomou outro rumo de repente nossa conversaria.
Outros assuntos nos moveram para outra direção.
Revirei minha infância e você, atordoada e tímida,
Respirava ofegante ao final de cada verso que saía.
Exploramos nossos âmagos em afãs descabidos...
Sentia-me seguro e solto mas você saiu sem razão.
Fortaleza-Ce, 16 de setembro de 2005.
Obs.:
TODOS os acrósticos postados aqui foram feitos a pedido. Entretanto, sabemos que as pessoas mudam. Assim, considerando que algumas solicitações já foram feitas por e-mail, reitero: embora autorizado anteriormente, todo pedido para exclusão do nome da lista dos acrósticos será imediatamente aceito.