Quando os filhos vão embora

Quando filhos vão embora

Fica um grande vazio em nossas almas. É uma nova realidade. Aí, nos deparamos com uma mulher que só foi mãe e agora se descobre simplesmente mulher. Restam-nos duas possibilidades: ficar chorando ou partir para novas realidades. Entregamo-nos à depressão ou vamos ao encontro de novas descobertas.

Senti-me vazia de calor humano, de sons, de brincadeiras e discussões. Senti falta dos sapatos espalhados e dos copos sujos na mesa, que sempre me irritavam.

A computação foi um caminho e um novo mundo de possibilidades se abriu. Viajar pelo mundo, descobrir coisas nunca imaginadas, passar a ler ao que normalmente não tinha tempo ou cochilava solitária no sofá da sala enorme, bonita e fria.

Então, por que ficar aí parada? Vamos, levanta, vá à luta, vá caminhar, vá fazer hidroginástica, passear sem compromisso com hora marcada de chegar, vá ao salão reencontre esta bela mulher que está adormecida dentro de você, uma mulher mais madura, deixa aflorar na face serena o dever comprido. Seja feliz, seja mulher com desejos, com vontades e sem medo, dê um no novo sentido para a vida, uma pessoa melhor mais centrada com o momento atual. E podendo lutar por seus direitos de cidadã. Nós mulheres não podemos ficar chorando, lamentando o que passou, sejamos felizes com as novas conquistas dos filhos.

Nossas vidas são feitas de momentos bons e ruins, tristes e alegres. Mas o passado passou, já foi vivido e só nos resta as recordações, que nos ensinam a superar as dificuldades. Devemos viver o presente com coragem, determinação e aceitar os novos desafios. E o futuro? O futuro só depende de nós.