Acróstico XIX
Mesmo que eu tivesse o dom da aurora,
A luz que faz da terra paraíso,
Restaria-me o consolo de agora
Imitar com a luz da aurora o teu sorriso...
Ante a estrela que em teus olhos vive insone
Não há verso que consiga ser preciso
E que cante os acordes do teu nome.
Mora em ti um esplendor iluminado,
Aura clara de manhã plena de cantos
Reluzindo entre o rosa e o dourado,
Influindo entre a magia e o encanto...
Até mesmo a poesia se consome
Na ilusão de traduzir teus dons sagrados
E se cala ante as notas do teu nome.
Minhas sílabas não têm poder igual
Ao que canta em tua voz quando tu falas,
Resplandeces um fascínio musical,
Intimidas a poesia que se cala...
Até mesmo que por louco tu me tomes
Não declino de dizer que um anjo embala
Essas letras que declamam no teu nome.