ALÍVIO

Serena, às vezes, me ponho,
ponho-me a escrever poesia,
poesia me alivia,
alivia o meu pesar.

Pesar que tenho e não digo,
digo não, nem pros amigos,
amigos não vão entender,
entender o que guardo comigo.

Comigo só, sem alívio,
alívio seria eu pudesse,
pudesse a alguém revelar,
revelar o que guardo na alma.

Alma silente, sofrida,
sofrida nos embates da vida,
vida que passa e nem olha,
olha pra mim, já caída.

Caída, até mesmo ferida,
ferida, preciso de ajuda,
ajuda dá-me a poesia,
poesia me deixa serena.



Um experimental  de Simplesmentes Sys
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 Paulo Miranda
Caída, até mesmo ferida
disparas flecha mortal
u'a vingança na medida
pra rebater tanto mal...