O FAZER CRIANDO II

Em arte poética, especialmente num dos seus espécimes – a Poesia – todos os caminhos são extremamente imbricados, porque é ela quem nos escolhe e não nós a ela, segundo Quintana, o que me parece coerente. As fases do conhecimento poético só são perceptíveis depois de muitos anos de experimentação e entrega ao aprender fazendo, e objetivando chegar ao “fazer criando”. Nunca se sabe, a rigor, em que patamar estético nós estamos, num momento dado. É realmente difícil esta aferição. Porém posso dizer que se torna perceptível, no texto poético, quando as METÁFORAS se apresentam como cães brincando com o próprio rabo, sem nenhum constrangimento de demonstrar isto publicamente. No entanto, poucos querem expor a sua linda cauda...

– Do livro OFICINA DO VERSO, 2015.

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