PARANÁ

Meus caros Irmãos e Amigos

do Clube dos 21 irmãos e amigos de São Paulo

PARANÁ

Coube-me o Estado do Paraná

porque não pode escolher o meu Paulista,

optando, então, por este que é vizinho de São Paulo!

Como nada sabia sobre o Paraná,

estudei sua geopolítica

e fiquei pasmo, meus irmãos,

ao saber que o Paraná já foi território da Província de São Paulo.

Suas terras eram parte de São Paulo,

até os idos de 1853.

Por punição pela participação dos paulistas

na Revolta Liberal de 1842,

retirou-se, então, da Província aquela que veio ha ser

Província do Paraná.

Seu nome Paraná significa “rio”, referencia ao Rio Paraná.

Faz divisa com três estados

e fronteira com dois Países

e mais o oceano Atlântico, a saber:

Mato Grosso do Sul a noroeste;

São Paulo ao norte e ao leste;

Santa Catarina ao sul;

Argentina a sudoeste;

Paraguai a oeste;

e oceano Atlântico a leste.

No período pré-cabralino,

a região que atualmente constitui o estado do Paraná

era habitada por diversos povos indígenas brasileiros

por milhares de anos antes da chegada

dos primeiros exploradores europeus à região.

Estes incluíam os carijós,

no litoral, do grupo tupi,

e os caingangues, no interior, do grupo jê.

A comarca de Paranaguá e Curitiba,

que integrava a Capitania de São Paulo,

foi fundada em 19 de novembro de 1811.

Mesmo depois que a independência do Brasil foi proclamada,

a região submetia-se continuamente à Província de São Paulo.

Em 6 de fevereiro de 1842,

Curitiba foi elevada à categoria de cidade

por uma lei provincial paulista.

Em 29 de agosto de 1853, enfim,

o imperador Pedro II do Brasil

aprovou o projeto que criou a Província do Paraná,

hoje com mais de 160 anos,

a qual foi criada por motivos diversos,

como disse, por ter sido uma punição

pela participação dos paulistas

na Revolta Liberal de 1842.

Devido à reduzida população provincial,

foi iniciado um programa oficial

de imigração europeia

(especialmente poloneses, alemães e italianos),

o qual colaborou para que fossem expandidas

a colonização e o aparecimento de novas economias.

No final do século XIX,

a prosperidade econômica paranaense

foi novamente impulsionada

quando as ferrovias foram implantadas,

porque isso possibilitou que

a indústria de madeira crescesse,

já que certas ferrovias faziam a ligação

das matas de araucárias aos portos,

como Paranaguá, e a São Paulo.

Turismo

Cataratas do Iguaçu,

no Parque Nacional do Iguaçu.

O Paraná é um dos estados

os quais possuem maior quantidade de parques nacionais,

sendo destacados o Parque Nacional do Iguaçu

e o Parque Nacional de Superáguia.

Foz do Iguaçu, com mais de 270 cachoeiras e 80m de altura,

é mundialmente conhecida.

A Garganta do Diabo é um dos atrativos

do mais extenso grupo de cataratas do mundo.

Bem como a chegada de visitantes às atrações naturais,

é um passeio de grande cotação visitar

a hidroelétrica de Itaipu.

Outra atração turisticamente interessante

é o Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa,

na qual as pedras que os ventos e as águas esculpiram

consideram-se aparentemente

ruínas de um imenso centro urbano.

Ainda em Ponta Grossa pode-se visitar

o Buraco do Padre

a Capela de Santa Bárbara

(construída pelos Jesuítas)

e a Cachoeira da Mariquinha.

Jardim Botânico de Curitiba.

Em Maringá existe a Catedral de Maringá

(Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Glória),

segundo monumento mais alto da América do Sul

e décimo do mundo.

Crescente visitação tem ocorrido na região do Cânion Quartela,

(6º maior do mundo e o maior do Brasil) em Tibagi.

Transportes

Aeroporto Internacional Afonso Pena.

No estado existem seis aeroportos comerciais, dois dos quais internacionais: o Aeroporto Internacional Afonso Pena e o Aeroporto Internacional das Cataratas; o Aeroporto Governador José Richa, em (Londrina), Aeroporto do Bacacheri, de Curitiba, ambos administrados pela Infraero, além dos aeroportos de Cascavel e Maringá, administrados pelas respectivas municipalidades.

A rede de rodovias pavimentadas abrange duas estradas que penetram no estado, de leste a oeste: a conexão Ourinhos/SP-Londrina-Apucarana-Maringá-Paranavaí (BR-369/BR-376) e a conexão Paranaguá-Curitiba-Ponta Grossa-Guarapuava-Cascavel-Foz do Iguaçu (BR-277). Em direção transversal, aparecem as conexões Apucarana-Ponta Grossa (BR-376), Sorocaba-Curitiba e São Paulo-Curitiba-Rio Negro. Esta última encontra-se prolongada até o extremo sul do Rio Grande do Sul e pertence à BR-116.

Rodovia BR-277, próximo ao município de Matelândia, no extremo oeste do estado.

O sistema ferroviário paranaense participa notavelmente da vida econômica do estado. No setor sul, as linhas da Ferroeste (Antiga Ferropar), a Ferrovia da Soja, que a iniciativa privada em 1997 começou a operar e que o governo retomou no início de 2007, no trecho de Guarapuava a Cascavel, estendendo-se (em projeto) até Guaíra e Foz do Iguaçu. Uma outra estrada de ferro liga do Porto de Paranaguá até Curitiba, Guarapuava, Londrina, Ponta Grossa e Maringá. De norte a sul, são encontradas as linhas da Rumo ALL, ex-América Latina Logística, que corresponde à malha sul da ex-rede Ferroviária Federal, que também se privatizou na década de 1990, que liga o Paraná com aos estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O Paraná é ligado ao Brasil e ao exterior através dos portos de Paranaguá e Antonina. Os moradores das vilas e povoados encontrados nas ilhas e às margens da baía de Paranaguá são servidos pelos serviços de barcos. Alguns se dirigem para a Ilha do Mel, demais para Guaraqueçaba, demais ainda para Cananeia e Iguape no estado de São Paulo, usando-se do canal do Varadouro. Fazem-se serviços de ferry-boat na baía de Guaratuba, fazendo a ligação entre a cidade de igual nome (Porto Damião de Souza) e Caiobá (Porto da Passagem). Faz-se o transporte fluvial em grande escala no rio Paraná, fazendo a ligação entre a cidade de Guaíra e o estado de São Paulo e, por meio de ferry-boat, com Mato Grosso do Sul. A navegação fluvial também há em Foz do Iguaçu, ligando o Brasil com a Argentina.

Cultura

Em sua composição étnica, a cultura do Paraná soma uma grande variedade de etnias como de origem latina (portuguesa, espanhola e italiana), germânica (alemã e neerlandesa), eslava (polonesa e ucraniana), asiática (árabe, coreana e japonesa) e brasileira (gaúcha, catarinense, paulista, mineira e nordestina), indígena e africana, as quais colaboraram substancialmente para que a alma do povo paranaense fosse consolidada. Possivelmente observamos a cultura do estado no artesanato, na culinária, no folclore, quer dizer, nas diferentes maneiras dos paranaenses se expressarem.

No começo, os hábitos e a lendas dos índios redimensionaram a cultura da Europa, de Portugal e da Espanha. Uma grande quantidade dos hábitos, como o costume de consumo de ervas, milho, mandioca, mel e tabaco. Depois, os tropeiros colaboraram com a cultura de consumir o chimarrão, o café e o feijão tropeiro e os escravos africanos trouxeram como legado a feijoada, a cachaça e suas danças e ritos. Posteriormente, os imigrantes europeus, fixados especialmente no sul e leste do Paraná, deixaram manifestações próprias misturadas à cultura popular do estado que existia antes das recentes contribuições culturais de outros países. Tradições polonesas, alemãs, ucranianas, libanesas e japonesas, como é o caso, foram somadas às manifestações originárias dos povos indígenas, da África, de Portugal e da Espanha, diversificando ainda mais a cultura do Paraná. Dessa forma, o Paraná é uma imensa formação cultural de influência por grupos deslocados de seus países ou Estados por diversos motivos. E essa miscigenação total faz parte da cultura paranaense, que se manifesta e se representa na arquitetura, na literatura, na música e em demais artes cênicas e visuais.

Pontos turísticos

A Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá no caminho entre Curitiba e Morretes.

Atravessado por estradas e por pontilhar-se de restaurantes, o Paraná é um estado de grande atrativo ao turismo. São merecedoras da atenção do turista a capital, com seus museus, jardins e universidades, o teatro Guaíra, o Passeio Público (com o jardim zoológico), os monumentos históricos de Guaratuba, Lapa e Paranaguá, e especialmente a Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá, uma das obras de maior fama da engenharia brasileira. Dos trens que a cortam, um grandioso panorama envolvente de paisagens serranas e litorâneas é descortinado ao mesmo tempo.

Quem projetou a ferrovia, no segundo reinado, foi o engenheiro Antônio Rebouças, irmão (prematuramente morto) do engenheiro, monarquista e abolicionista André Rebouças.

Contrária à hipótese de peritos estrangeiros convidados pelo governo, a estrada, que se abriu ao trânsito em 1885, foi erguida em um traço em linha de simples aderência. Possui 111 km de extensão, 41 pontes e treze túneis, doze dos quais escavaram na rocha viva, bem como o arrojado viaduto Vicente de Carvalho, com 84 m de extensão. Várias destas obras de arte, criadas para superar os trechos de maior dificuldade, ainda consideram-se muito audaciosas, para a topografia da região.

São inúmeros os acidentes naturais turisticamente interessantes no Paraná, como as rochas de arenito vermelho de Vila Velha, os quais têm aparência de dólmens, na periferia de Ponta Grossa; as grutas de calcário de Campinhos, em Tunas do Paraná, gruta da Lancinha (maior em biodiversidade do sul) do Brasil em Rio Branco do Sul, e do Monge, em Lapa; as cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu; o Parque Nacional do Iguaçu, com suas florestas; a ilha do Mel, com seu balneário, o farol, a gruta e a antiga fortaleza da Barra, em Paranaguá; as praias de Pontal do Sul, Praia de Leste, Matinhos, Caiba e Guaratuba. O teatro São João, na Lapa, foi inaugurado em 1887, pelo Imperador D. Pedro I, e mantém toda a estrutura original em madeira até os dias de hoje. Sou testemunho deste Monumento Histórico da na cultura monarquista, pois lá estive visitando em 1988. Nesta ocasião percorri a estra de ferro de Curitiba até Paranaguá de que falei há pouco.

Estas são as poucas considerações que posso fazer em tão pouco tempo do Estado do Paraná.

São Paulo, 10 de Outubro de 2017.

José Francisco Ferraz Luz

CHICO LUZ
Enviado por CHICO LUZ em 14/08/2017
Reeditado em 07/10/2017
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