O vaqueiro ligeiro e a égua estrelinha

Paredes de pau a pique

Chão de barro batido

Telhado de palha de sapé

Olhando para o relento

Tudo passava muito rápido

Sapeca a luz da lua adentra

Sorrateiramente pelas frestas

Os grilos fazem a sinfonia

No quintal o vira-lata faz a guarda

Latindo no primeiro sinal de ameaça

Ao mesma tempo tocava o gado

O vaqueiro com seu gibão de couro

Era a sua segunda pele lhe protegendo

Dos malvados espinhos das juremas

O estouro do rebanho na caatinga

A égua estrelinha corria atrás deles

O vaqueiro ligeiro derrubava pelo rabo

Soava o berrante tocando a boiada

Tocando em frente as suas mágoas

Nas currutelas busca o prazer da carne

Para da conforto a alma cansada

Nos meandros da longa jornada

Deparar com a sorte nas encruzilhadas

Repousar nos ombros da sua amada

Ficando para trás as tristezas sofridas

Passeria perfeita entre a dupra

O vaqueiro ligeiro e a égua estrelinha

Osvaldo Teles

Osvaldo Teles
Enviado por Osvaldo Teles em 10/09/2017
Código do texto: T6110525
Classificação de conteúdo: seguro