E quando um preso custa 13 vezes mais que um estudante, o que fazer?

A Ministra do STF - Supremo Tribunal Federal, Carmem Lúcia, em entrevista cedida hoje à mídia, asseverou que o custo de um presidiário no Brasil atualmente é fixado em R$ 2.400,00 por mês, enquanto que a cifra dispensada a um estudante está orçado em R$ 2.200,00 ao ano!

Surpresa com a lamentável estatística, li a reportagem com um enorme pesar, uma vez que sempre acreditei (e acredito) na educação.

No entanto, saber que os números exibem cifras relevantes para custear um infrator e mísero montante para arcar com despesas educacionais, é de deixar qualquer um desconsertado e boquiaberto.

A ousadia na gestão da Ministra não tem-me causado estranheza.

Até porque, em tempo pretérito, escrevi algo sobre o perfil da autoridade, e, na verdade, estou apenas contemplando com meus olhos, o que imaginei na solidão dos meus pensamentos: uma mulher de fibra, virtuosa e com um caráter como o da ilustre Ministra Carmem Lucia, fará uma mudança substancial em sua passagem pelo órgão maior do nosso pais.

Feliz, percebo que não estava equivocada, graças a Deus!

A mídia noticia que a autoridade tem efetuado visitas surpresas a alguns presídios brasileiros e sua intenção é dar uma chegada em todos os presídios do país.

Lógico que ela está sendo altamente sábia e prudente, efetuando visitas surpresas, afinal, cautela não faz mal a ninguém.

No tocante aos valores que são gastos com os presidiários brasileiros, realmente a coisa é bem mais séria de que imaginávamos; afinal, não nos são fornecidas estas informações na academia, assunto que, por certo, seria mais que interessante que viesse à baila, motivando acadêmicos a escreverem sobre o assunto, pesquisarem mais profundamente acerca do tema, divulgarem entre seus colegas, etc.

No entanto, há um silêncio total neste quesito e só temos a lamentar, agora, duas vezes.

Comparar os custos educacionais com o custeio de um encarcerado brasileiro, chega a ser vexatório e deprimente.

Num país em que se gasta 2,4 mil ao mês com um preso e 2,2 mil ao ano com um estudante, explica claramente o que está errado.

Educação é a mola propulsora das grandes potências.

Uma cabeça cheia de conhecimentos não se submeterá a migalhas, não venderá seu voto, saberá agir com ousadia, buscará soluções eficazes para seus problemas, não se impressionará com 'discursos bonitinhos, marqueteiros e irreais', mas valorizará seu representante, escolherá caminhos seguros, e, fatalmente, viverá melhor e propiciará este mesmo percurso para as gerações vindouras.

Simples assim!

E por que não fazem nada?

Eu sei a resposta, mas deixa para outro artigo...