Curso Diálogos Contemporâneos - Ismael Caneppele - O antagonismo como potência narrativa - minhas notas de aula

Autor de "Os Famosos e os Duendes da Morte"

- Livro "Story" de Robert McKee - não-roteirista, espectador que analisou muitas obras

- Livro "A Jornada do Escritor" - Vogler - Disney

Impulso de escrever - "argumento" - apoio psicanalítico - "sair da gente" - fazer sentido para outros

Viabilizar roteiro: 1 ano de trabalho, 5 horas por dia

Fundamental: Protagonista, Conflito, Antagonista - competidores

Público quer uma boa briga/competição/batalha

As coisas que dão errado viram histórias contáveis e BOAS

3 ciclos de antagonismo:

- Intrapessoal (o maior): medo, doença, incapacidade (idade, mente, física), paranoia, fraquezas

- Pessoal: indivíduos, dificultam, biografia/geradores

- Extrapessoal: papéis sociais ocupados por outras pessoas (patrão, mãe), catástrofes, clima, chuva, atropelamento, terremoto, dinheiro

Protagonista tem que QUERER algo sempre, tem que ter uma VONTADE (ou a falta total de vontade) - 5 primeiras páginas devem definir isso. - Saber que se está com sede.

Antagonista sedutor pq tenta fazer o protagonista desistir de enfrentar a aventura toda (mantê-lo conformista).

- Personagem não deve apenas querer-e-conseguir... tem que ser difícil, tem que perder algo.

- Protagonista tem que transcender barreiras!

- Arcos de conquistas junto com arcos de perdas! (irônico)

- Desejo consciente (quer e sabe) VERSUS desejo inconsciente (quer mas não sabe)

- Incidente leva a história a começar!

- Primeiro impulso: "ação mínima conservativa" sem risco - manter o conforto

- "Necessariedade": a resposta da realidade às nossas ações: brecha entre o pouco feito e o muito necessário para obter - ganchos, brechas abertas, quebras, novos caminhos

- Segunda tentativa: Reação - melhor (personagem busca saber, aprende coisas, criativamente), mas ainda insuficiente

- Outras reações, o antagonista, travessia por transformações!

- Jornada do Herói: sair do conforto e aprender com isso

- O valor da história é diretamente proporcional aos riscos que o personagem precisa enfrentar (1 círculo, 2 ou os 3!)

- Fugir dos clichês, do conforto (p.ex. Mentor pode ser Vilão disfarçado)

- Na hora da "montagem", cortam tudo que não é conflito - "cenas em que nada acontece" :-}

- Ficar contando a história para todo mundo enquanto estamos criando - descobrir se está convincente para outro - quando terminar, já é certo que está muito bom.