A morte não existe!

A morte não é nada.

Eu apenas passei para o outro lado:

É como se estivesse escondido no quarto ao lado.

Eu sou sempre eu, e tu és sempre tu.

O que éramos antes um para o outro ainda somos.

Liga-me com o nome que você sempre me deu, que te é familiar;

Fala-me da mesma forma carinhosa que tens usado sempre.

Não mude teu tom de voz, não assuma um ar solene ou triste.

Continua a rir daquilo que nos fazia rir,

Daquelas pequenas coisas que tanto gostávamos, quando estávamos juntos.

Reza, sorri, pensa em mim!

Que o meu nome seja sempre uma palavra familiar...

Diga-o sem o mínimo traço de sombra ou de tristeza.

A nossa vida conserva todo o significado que sempre teve:

É a mesma de antes, há uma continuidade que não se quebra.

Por que eu deveria estar fora dos teus pensamentos e da tua mente, apenas porque estou fora da tua vista?

Não estou longe, estou do outro lado, na mesma esquina.

Fica tranquilo, está tudo bem.

Vou levar o meu coração,

Daí acharás a ternura purificada.

Seca as tuas lágrimas e se me amas, não chores mais,

o teu sorriso é a minha paz"

(Henry Scott Holland)

Alan Kardeck
Enviado por Poetisa das Minas Gerais em 06/12/2016
Reeditado em 06/12/2016
Código do texto: T5845024
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