A POESIA É PATRIMÔNIO NATURAL DA HUMANIDADE

Luciana Carrero

A Poesia, como todas as artes, é patrimônio natural da humanidade. Por isso, nenhum poeta, ressalvado o crédito de sua autoria, vende poesia. A Poesia flui na comunicação, na interação, transmissão e recepção dos sentimentos. Faz parte do cotidiano de todos nós, como o ar que se respira. Se eu disser que sou profissional na poesia, talvez esteja errada, porque não recebo nenhum salário ou soldo por isso, nem mesmo tenho uma empresa que me justifique, neste sentido. A Poesia é dom que prescinde de um curso regular. Se não fosse assim, qualquer um seria poeta. Bastaria estudar. Caso eu tenha um emprego de poeta, certamente serei medíocre, porque inspiração não é compromisso e nem mesmo deve se adequar a influências patronais. Mesmo que saísse por aí a vender meus livros, só estaria comercializando o veículo. O conteúdo vai como veio, de graça. Porém meu editor é, sim, o profissional que vende o veículo com a minha poesia, visando lucro, que é do livro, em suas várias formas à disposição no mundo moderno. Entretanto, só recebo, quando possível, um valor pequeno, denominado direitos autorais, que nada mais é do que um óbulo para cobrir meus gastos normais de produção. O poeta que não tem outra atividade, que seja remunerada, morre de fome ou vive da caridade pública.