Sentindo o frio do tempo eterno   
Dos anos que se faz em aquarela  
Nos átrios da terra  que dorme gelada 
Vimos a paisagem branca e bela  

Somos sementes da terra congelada  
Que nos gera um sentimento de fuga 
Arrojados numa esperança muda   
Atingindo o sonho da passárgada 

A poesia adentra nesta atmosfera 
Faz bonecos em neves de confeitos
A espera esperada do frio em efeitos 

Nos ventos das solidões marinhas 
Amanhã por certo em céus cinzentos
Dormiremos nos colchões dos ventos

Na noite bela como ninguém descreve
E o mundo espera o Natal de neve