Soneto do homem errôneo
Não, já não cometo os mesmos erros
Que costumava cometer no passado.
Abri espaço para os erros novos
E por eles agora sou prejudicado.
Que posso fazer? Sou um ser imperfeito
Um sujeito gauche, uma errônea criatura.
Quem sabe um dia eu encontre conserto
E então possa alcançar uma felicidade futura.
Mas se erro, é porque pelo menos tento
Nunca tive vergonha de tentar.
E a cada nova tentativa, me reinvento
E já não tenho do que reclamar.
Talvez ser errado seja de fato minha sina
Mas não é o erro quem mais nos ensina?