Soneto do homem errôneo

Não, já não cometo os mesmos erros

Que costumava cometer no passado.

Abri espaço para os erros novos

E por eles agora sou prejudicado.

Que posso fazer? Sou um ser imperfeito

Um sujeito gauche, uma errônea criatura.

Quem sabe um dia eu encontre conserto

E então possa alcançar uma felicidade futura.

Mas se erro, é porque pelo menos tento

Nunca tive vergonha de tentar.

E a cada nova tentativa, me reinvento

E já não tenho do que reclamar.

Talvez ser errado seja de fato minha sina

Mas não é o erro quem mais nos ensina?

Heverton Ferreira
Enviado por Heverton Ferreira em 21/10/2017
Reeditado em 29/06/2018
Código do texto: T6149341
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