Pluralidade

Um semi-circulo multicor no horizonte,

como apócrifo ou desenho sem papel.

Dessa arte, faz-se arco ou uma ponte,

de sete lápis e sete cores lá no céu.

Na bicharada o casamento da raposa,

e seres trans chegam roubando cores,

somando gestos, jeitos e amores,

ser humano não é bicho nem é coisa.

No reino do frequente, do constante

surge a nova e dita tal diversidade.

Não é bicho nem bicha nem mutante

espalhados pelos campos e cidades,

e tal como os sete templos de Osíris,

deles são as sete cores do arco-íris.

José Freire Pontes
Enviado por José Freire Pontes em 17/09/2017
Código do texto: T6116612
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