AMADOR SEM COISA AMADA (soneto)

Ando no cerrado sem coisa amada

No coração um eco de um amador

Que atroa pela emoção tão atada

A solidão, que se dissolve em dor

Se me quiser, não me traga cilada

Ou então me deixe imoto por favor

De tédio a alma já se acha calada

E o olhar, no chão, cheio de travor

Quando a ventura fica embaciada

A sorte se enche de um tal pavor

E a sensação fica toda prostrada

E no amador sem a coisa amada

Sou um apaixonado aonde eu for

Aprendiz, buscando está jornada

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Setembro, 2017 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 07/09/2017
Reeditado em 30/10/2019
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