NOBRE VAGABUNDO

Contemplo os dias vãos do tempo mudo

De labor, nessa solidão sem fim...

A brindar o marasmo com tintim,

Como se fosse, lá no fundo, tudo

Que o velho peito esnobe e carrancudo

Tem, nessas horas fartas para mim,

De tudo quanto existe de... enfim,

De chato, de piegas, onde iludo

A mente do leitor dizendo-me aedo!

Revelando possíveis segredos,

Sobre esse meu desejo mais profundo!

A confundir a todos com as lérias,

Às vezes sério, noutras só pilhéria,

Nessa versão de nobre vagabundo!

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 20/08/2017
Reeditado em 20/08/2017
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