DRAMA (soneto)

Quando é que o afeto meu terá encontrado

a sorte duma companhia pra se apresentar?

Quando é que na narração poderei conjugar

Assim, despertarei de então estar deslocado

Se sei ou não sei, só sei que eu sei atuar

E se eu estarei ou terei ou se está iletrado

É impossível de inspirar, o ato está calado

Pois, o silêncio discursa sem representar

O aplauso alheio pulsa, mas de que lado?

Na cena a ilusão é expulsa e, põe a chorar

Impossível imaginar atuar sem ser amado

E este drama sem teatro, e ator sem teu lar

De comédia trágica, no peito, então atuado

É amor e fado, no palco, querendo ser par!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

2017, julho - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 21/07/2017
Reeditado em 30/10/2019
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