Anseio

Amor, vivo tão só, neste acalanto,

onde minha alma se desfaz em pranto,

longe do teu olhar cheio de encanto,

em que fiquei eternamente preso.

Tão longe ando de ti, numa incerteza

de ter-te, minha vida! No entretanto,

vá crescendo este amor, mas, tanto e tanto,

místico fervor, como quem reza!...

Ando faminto, cheio de desejo

dessas carícias tão de mim ausentes,

que me enlouquecem, e que em ti prevejo.

E morro na paixão que mal pressentes,

e perdem-se pelo ar, cheios de pejo,

os beijos que te dou e que tu não sentes...

ROGERIO WANDERLEY GUASTI
Enviado por ROGERIO WANDERLEY GUASTI em 21/07/2017
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