Eternidade fingida

Te amar pra sempre, mil juras fizeram,

cuspiram as palavras da boca pra fora,

arde em mim, dizer o que me disseram

essas juras eternas que duravam horas.

Sou grosso, arrogante e hipócrita, nojento,

mas amor não jurei a nenhum ser vivo,

e quando jurei, foi por que havia sentido,

coisa que durou também por algum momento.

Quebrei a perfeição depois do açoito,

me enoja ver o deitar desse oito,

fiz desse paraiso o mais novo inferno.

tirei da bainha uma espada ungida,

nos trechos felizes abri uma ferida,

rasguei a beleza de que existe algo eterno.

Alisson Oliveira
Enviado por Alisson Oliveira em 25/06/2017
Reeditado em 25/06/2017
Código do texto: T6036640
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