Soneto a saudade
A saudade é nociva a paz
Percorrer da distância na vontade
Querer sessar o atraso da pontual verdade
Abrir a porteira do pensamento atrás.
Lutar com o tempo sem o relógio e seu badalo
Olhar ao céu acompanhado da temida espera
Paciência com ansiedade nada sorrateira e bela
Discutir em soluço com o choro que irriga ó malvado.
Presente que se ganha carrasca essa a dor
Nunca deixa o passado de lado
É todo o instante momento falado
Abraçar o horizonte com ignorância
Apertando o peito suplica o amor
Mas é saber que depois do espinho vem a flor.