CANTANDO O CERRADO (soneto)

Essa vossa árida serena formosura

Que as exibe, és casta e tão tanta

Tanto mais a cena vossa apura

Quanto mais o olhar prende e encanta

Mostrais vossa diversidade em tal ventura

Com uma graça igualado duma infanta

Que põe alfim alguma desdita e tristura

E o espanto se aumenta ou se aquebranta

De tal beleza entrajais, oh vária flora

O meu enlevo, de sedução tal tecendo

E destecendo o desencanto no engano

Que, se ei perdido o extasiar outrora

Agora és só elogio os faço dizendo

Pra asinha referir-te como tal soberano

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

2017, junho - Cerrado goiano

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/L03FrnrM5yw

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 11/06/2017
Reeditado em 11/06/2022
Código do texto: T6024240
Classificação de conteúdo: seguro